MBHQs – A nova Kick-Ass

Olá, vamos começar a falar de comics aqui na Mangás Brasil! “Por que falar de outras Hqs fora os mangás?” Pelo simples fato de existirem obras boas e obras ruins, que evoluímos como leitores e passamos a gostar de obras fora a cultura japonesa. Isso é bom? Claro, pois com isso podemos avaliar cada vez o que o que é bom, ótimo,o que é mais ou menos e o que é de fato ruim. Ficar preso a um gênero nos limitavam como leitores. Convidamos a todos a verem nossas novas reviews!

Vamos falar sobre Kick-Ass (2018)!

Por que tem o ano depois o título? Quando um título famoso na comics para por algum reboot ou retcon (mudança no passado ou no universo) é colocado o ano desse reboot para que possamos ter uma ideia de quando mudou e como podemos acompanhar melhor… Não estranhe se você ver o nome do personagem ou título seguido do ano ou do V (de versão). Exemplo: Batman V4 (Batman quarta versão), Superman V5 ( Superman quinta versão) e por ai vai.

Kick-Ass sofreu essa mudança, que aconteceu para atualizar o personagem e torná-lo mais atrativo as novas gerações.

Mark Millar (roteiro) e John Romita Jr (arte) voltam para atualizar de forma bem sucedida um dos seus principais personagem. Sai o Dave ( falarei em breve do primeiro Kick-Ass ), um jovem nerd que sofria bullyng e idealista que quer fazer justiça ao seu bairro para Patience Lee, uma mãe militar reformada que só quer melhorar sua vida e de seus filhos, que vira uma vítima da sociedade atual americana.

Essa mudança resulta numa HQ mais atual alinhada com o tom crítico e de protesto com a narrativa do Millar alinhado com uma arte bela e atualizada do Romita Jr., numa hq clichê em seu desenvolvimento mas com um final bem inesperado.

Patience Lee era uma militar que comandava sua própria equipe no Afeganistão, altamente treinada, sua rotina era lidar com terroristas preservando sempre a sua equipe. Mas ela estava cansada, queria ficar com seus filhos, fazer uma faculdade e ter uma vida mais calma. Para realizar seus novos objetivos ela pede dispensa do exercito e volta para os EUA, porém…

Ao chegar em casa ela viu que seu marido a abandonou fugindo da cidade com outra mulher, sem pagar a pensão ao filhos, deixando a nossa protagonista numa situação delicada. Patience viu que anos servindo no Afeganistão não serve pra nada, ela só consegue péssimos empregos, os que pagam melhor nem sempre é honesto, tendo que fazer faculdade e cuidar dos filhos ela se encontra num dilema, como fazer para sustentar seus filhos e manter os seus objetivos.

Usando as suas habilidades, ela veste um colante verde e uma máscara e sai roubando bandidos, metade fica para ela e a outra parte ela doa para comunidade e caridade. Ao fazer isso, ela vai precisando de mais dinheiro e complicando seu disfarce, até ser confrontada pelos bandidos da região. Ela consegue sobreviver e percebe que precisará tomar uma atitude para proteger sua família, a comunidade e ganhar uma grana…

Particularmente adorei a narrativa, é simples bem desenvolvida, bem clichê mas cheia de identidade e criticas. A Patience é uma boa protagonista, com uma ótima personalidade, bem humana com qualidades e defeitos. As cenas de ação é boa e a arte do Romita Jr. maravilhosa como sempre (lembrando que o John Romita Jr. estará na CCXP 2018). O final do arco é muito bom e abriu uma possibilidade interessante de continuidade, que terá Steve Niles  (Autor da HQ 30 dias e 30 noites que deu origem ao filme) no roteiro e o argentino Marcelo Frasin (Hellblazer) nos desenhos.

Muita gente pode achar bem adolescente e sem profundidade ou questionamentos, para mim ela atende o que é proposto, por isso que é bom!

Bem planejamos escrever mais e mais sobre outros tipos de HQ’s, sem esquecer dos mangás, claro!

Então até breve!

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