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MB Review: Granblue Fantasy

Alguns amantes de quadrinhos, e principalmente de mangás, geralmente acham ruim uma adaptação de algum game de sucesso para outras mídias. Com razão, pois temos diversas obras derivadas de games que foram péssimas adaptações, mas falaremos aqui de uma que não é tão ruim assim (ou é?): Granblue Fantasy.

Desenvolvida para celulares Android e IOS pela Cygames, do gênero RPG, Granblue Fantasy é um jogo que teve em seu time de desenvolvimento dois grandes nomes da indústria: Nobuo Uematsu, compositor de temas de jogos famosos, como Final Fantasy, e Hideo Minaba, que foi diretor de arte também em Final Fantasy.

O primeiro jogo da franquia foi lançado em 2014, fazendo sucesso por ser um RPG de turnos e por ter uma diversidade enorme de personagens controláveis, que podem ser obtidos por missões ou sendo comprados na loja do jogo. Em 2016, foi lançado o mangá com o intuito de fazer o jogo ainda mais popular. Esse mangá foi base para uma animação do ano seguinte, que teve duas temporadas com 13 e 14 episódios, respectivamente.

 

O protagonista desta história é Gram, um jovem rapaz que sonha em um dia encontrar seu pai, que lhe enviou uma carta dizendo estar em Estalucia, a ilha das estrelas. Um dia, treinando para realizar seu sonho, Gram encontra uma linda garota perdida, Lyria. A garota pede que Gran a proteja de seu perseguidor, o Império Erste.  A partir daí começa uma jornada de fuga entre os dois protagonistas, ambos com o sonho de chegar até a ilha das estrelas.

A história de Granblue Fantasy é extremamente genérica. O protagonista protege a personagem principal das garras de alguém que quer utilizar o poder dela para fazer o mal. Não há plot-twist, não há desenvolvimento profundo dos personagens. Não há nada substancial, são sagas que vão apresentando personagens, que formam um grupo e que lutam para salvar o mundo. 

Basicamente a história se resume em: chegar numa cidade > Lyria em perigo > personagem novo ajudando > luta final > fim da saga. Não há novidades ou grandes mudanças ,dando a sensação de repetência. O ponto positivo é que a história não é “enrolada”, é algo fácil de ler, sem grandes diálogos ou explicações maçantes. É dinâmica e tem muita ação. 

Outro destaque, ao meu ver negativo, é que nenhum personagem é “marcante”. Todos são comuns, têm a mesma cara, o mesmo trejeito, as mesmas características. São personagens que você sequer lembrará o nome ou sua importância na obra.

O designer de personagem e o traço são belíssimos, artes bem detalhadas em suas concepções e com belos traços, principalmente os das cidades e naves. Seguindo a mesma tendência nas cenas de batalhas, bem feitas e cheia de detalhes. Vale parabenizar o trabalho do ilustrador “Cocho” pela sua belíssima arte.

A edição da Brasileira é bem feita, mas simples. Veio com um marcador de página de brinde (bem bonito por sinal) no primeiro volume e não tem grandes problemas editoriais

Granblue Fantasy é um mangá mediano com a finalidade de promover um jogo de celular. Ele não é ruim, mas passa despercebido por ser genérico demais. Uma obra que você lê hoje e daqui uma semana esquece. Mangá com história original de Cygame, roteiro de Makoto Fugetsu e arte de cocho, Granblue Fantasy foi finalizado com 7 volumes, já lançados pela editora Panini aqui no Brasil. 

 

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