MB Review: The Boys vols. 1 ao 3

Em um universo onde os super-heróis existem e agem de forma corrompida e duvidosa, precisamos de pessoas que possam combater esses seres especiais. É então que um esquadrão especial da CIA entra em ação contra os heróis fora da linha. Confira nossa análise de The Boys 1~3 da editora Devir.

Existe uma linha editorial nas comics com uma leitura mais sarcástica que o comum, repleta de humor e violência. Seu maior expoente é Garth Ennis, carregado em suas críticas pesadas, segue esse estilo que choca grande parte do público. Assim já vimos em seus trabalhos mais famosos, Preacher e Justiceiro, pouco preocupados com o correto e a violência comendo solta.

The Boys segue o mesmo receituário, mas dessa vez em um universo povoado por super-heróis. Diferente do que muita gente está acostumada, o normal aqui é que abusem de seu poder, sejam arrogantes e autoritários. Para combater esses heróis que esqueceram o que é ética e bons costumes, foi criado um departamento nada ortodoxos, o The Boys.

 

A história é contada sob o ponto de vista de Hugh “wee hughie” Campbell. Uma vítima da arrogância dos heróis e com um desejo de vingança insaciável contratado pelo líder dos The Boys, Billy Butcher, para que peguem os heróis que passam do limite.

O alvo de Butcher é o grupo dos 7 liderados por Patriota, o super herói mais escroto do universo. Entretanto, os grupos têm um pacto de não intervenção no poder um do outro, com a ameaça de que tudo saia do controle. 

Os três primeiros volumes apresentam os personagens principais, como cada grupo deve agir e, principalmente, como cada um erra em suas ações. Hugh mesmo tem um código moral e ético diferente dos outros, o que compromete as ações do The Boys. Além de encontrar um novo amor, que também esconde um segredo.

O roteiro é extremamente interessante, porém com um humor tóxico e situações extremamente violentas, repleta de elementos de conotação sexual, o que pode causar muito desconforto em determinados leitores. A arte de Darick Robertson é sombria e bem trash, sem poupar esforços para causar repulsa a quem lê.

A edição da Devir é bem caprichada com extras como as artes de concepção dos personagens.

Mesmo sendo introdutório, esses três primeiros volumes de The Boys mostram características marcantes e uma crítica a forma como as revistas de heróis são escritas. Como terminará? Em breve contaremos um pouco mais sobre os rumos que a HQ toma.

Agradecimentos a editora Devir por disponibilizar os volumes digitais para análise.

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