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MB Review: Silver Spoon #09 a #11

Sem dúvidas Hiromu Arakawa (mesma autora de Fullmetal Alchemist) é uma escritora muito versátil. É impressionante como ela trabalha tão bem seus personagens e dá uma personalidade marcante para a grande maioria. Mesmo que Silver Spoon seja um shounen, assim como Fullmetal, a pegada aqui é totalmente diferente. O mangá tem muitos diálogos, e mesmo assim, a leitura flui muito bem.

Nesses três volumes, estudantes estão passando o inverno na EzoAgro, praticando suas atividades. Por exemplo, eles decidem fazer linguiça e todo o processo é minuciosamente descrito. Dá para perceber que a autora pesquisou sobre a produção dos alimentos que são apresentados, bem como as formas de cultivo de frutas e vegetais. Costumo dizer que Silver Spoon é o mangá ideal para quem gosta de jogos de fazendinha, estilo Harvest Moon e Stardew Valley, já que tem grande parte dos elementos presentes nesses jogos, com o extra da vida escolar. 

Apesar de o mangá sempre desenvolver os personagens centrais, esses três volumes são muito focados no Hachiken, o protagonista. Aqui vemos ele ficando cada vez mais próximo da Mikagê, e recebendo até mesmo um presente de dia dos namorados dela (por mais que ainda não sejam um casal). Acompanhamos também um pouco mais da relação entre o protagonista e sua família. Enquanto sua mãe demonstra certa preocupação com ele e até vai à EzoAgro ver como é o dia a dia do filho, seu pai continua agindo de forma extremamente seca – e até detestável – com Hachiken. Já o irmão mais velho, continua irresponsável e subitamente aparece casado com uma russa. 

Algo que tenho elogiado desde o primeiro volume, é que Arakawa consegue dosar muito bem o drama na história. Isso, somado ao humor feito de forma inteligente e no momento certo, faz a leitura ser interessante e relaxante. 

Silver Spoon vale muito a pena. É excelente! Mas não dá para ignorar a transparência excessiva no papel (chega a atrapalhar a leitura). Isso durou do volume 1 até o 10. Mais da metade da coleção. A partir do volume 11, o papel utilizado é muito superior, mas é triste ver que mais da metade da coleção não teve a qualidade que merecia.

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