MB Review: Battle Royale #01
A republicação de Battle Royale, um dos mangás mais intensos já lançados no Brasil, chega com um primeiro volume de tirar o fôlego. A ação frenética e a arte impactante te prendem do começo ao fim, apresentando um universo brutal e egoísta.
Battle Royale foi sem dúvida um marco nos mangás nos anos 90 e o precursor deste gênero que hoje é visto em diversos filmes, séries e principalmente games. Um excelente título que retorna ao mercado brasileiro nas mãos da editora Pipoca & Nanquim.
A trama começa quando 42 estudantes do ensino fundamental desaparecem em uma viagem de ônibus, e ao acordarem percebem que estão em uma sala, isolados, cobertos de seguranças, onde descobrem que foram selecionados para participar do ‘’Programa’’, um jogo organizado pelo governo onde todos os estudantes devem caçar um aos outros e apenas um pode sobreviver.
Ao perceber que a situação é muito séria, o terror e o medo tomam conta de todos os alunos rumo a uma jornada pela sobrevivência individual. Somos apresentados ao protagonista da obra, Shuya, que consegue se aliar a algumas das boas pessoas que restaram nesse mundo que se tornou totalmente egoísta.
Sem entrar muito em spoilers, mas toda a trama deste volume é extremamente intensa, ocorrendo diversas batalhas e inúmeras mortes brutais, sem medo de descartar personagens de maneira tão breve. Um ponto extremamente positivo em um volume de apresentação.
Arte de Masayuki Taguchi é um dos pontos altos da série. Maneira como o desenhista consegue transmitir o impacto das mortes e a violência gráfica é algo assustador. Há páginas duplas que são de tirar o fôlego. Taguchi também consegue transmitir bem os sentimentos dos personagens, principalmente na hora em que estão sendo levados ao máximo da insanidade mental.
A edição física da Pipoca & Nanquim é uma das mais belas que foram publicadas no Brasil até o momento. Com capa dura texturizada, sobrecapa, coleção de cards e marcador de brinde. Cada volume brasileiro corresponde a 3 do japonês; outro acerto por parte da editora é encurtar o número de volumes da série.
Republicar Battle Royale era muito necessário e é um mangá recomendado para quem gosta de obras mais adultas desses gêneros. É quase impossível parar a leitura do primeiro volume sem saber o que vai acontecer até o final.