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MB Review: O Horizonte #3

O terceiro e último volume de “O Horizonte” oferece um desfecho intenso carregado para a história que Jung Ji Hun construiu, após o desolador fim do volume anterior, o enredo avança no tempo, revelando o protagonista como um homem idoso, refletindo sobre uma vida marcada por tragédias e provações.

Neste volume, o impacto da violência e da perda é o ponto alto. A tragédia ocorre quando o menino e a menina, que já passaram por imensos sofrimentos, encontram uma nova esperança ao interagir com um casal jovem. O clímax trágico desse encontro, descrito com uma crueldade avassaladora, reflete a brutalidade do mundo retratado e o desencanto que permeia a narrativa. Essa cena é um ponto de virada crucial para onde tudo que vem depois é a miséria e a crueldade.

A jornada de recuperação do menino, agora um homem velho, que ainda carrega as cicatrizes de seu passado. Apesar das adversidades, ele encontra uma forma de resiliência e bondade ao oferecer ajuda a outros, algo como um vislumbre de esperança e humanidade que suaviza a dureza da narrativa. O final do volume, que revisita momentos de alívio em meio ao predomínio do preto e branco, reforça a mensagem de que, mesmo em um mundo devastado, há espaço para a redenção e para gestos de bondade.

O trabalho visual de Jung Ji Hun foi impecável durante toda a serialização, com uma atenção meticulosa aos detalhes que enriquecem a experiência de leitura. As escolhas estilísticas, acentuam o impacto emocional das cenas finais, a profundidade artística e a expressão emocional são inegáveis e com certeza a estética também teve seu papel em passar a mensagem deste universo.

Em suma, “O Horizonte” volume 3 fecha a trilogia com um desfecho poderoso e reflexivo. A obra não apenas explora a brutalidade da existência humana em um cenário apocalíptico, mas também oferece uma perspectiva de esperança e regeneração. A jornada final do protagonista é uma afirmação de que, mesmo na escuridão, é possível encontrar luz e significado. Embora o final não seja redentor, sugere-se que há valor em persistir e buscar o bem, mesmo diante de grandes adversidades.

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