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MB Review: Silver Spoon #12 e #13

Com a trama se encaminhando definitivamente para o final, temos conclusões de situações que estavam sendo desenvolvidas anteriormente. O volume 12, por exemplo, é praticamente todo focado em mostrar ao leitor o que cada um do elenco principal está fazendo após o fim dos estudos. O trabalho agrícola, as questões familiares e as escolhas de vida se tornam temas ainda mais importantes para os personagens.

O protagonista, Yugo Hachiken, agora tenta conseguir um investidor para abrir sua própria empresa. O detalhe é que esse investidor é, ninguém menos, que seu pai, que é extremamente rígido. Ele tenta levantar fundos para construir essa empresa enquanto aprende mais sobre a burocracia e o trabalho que o esperam dali em diante. Em paralelo, cada vez mais o vínculo entre Hachiken e Mikagê vai ficando mais forte. Vou ficar genuinamente decepcionado se eles não formarem um casal no fim do mangá, que por sinal, é no volume 15. Mas felizmente progressos já estão acontecendo.

Como venho dizendo desde o início da publicação, a autora sabe criar uma narrativa muito ampla e trabalha bem vários aspectos como comédia, drama, conflitos pessoais e tramas românticas. Tudo em um ritmo agradável, na maior parte do tempo. Digo isso porque sinto que certos diálogos poderiam ser mais sintetizados, já que em alguns momentos parece que eles estão ali mais para fazer volume, do que para realmente servirem a um propósito narrativo. É pontual, não acontece sempre, mas é algo que tem me incomodado há algumas edições.

Dito isso, é impossível não se impressionar com a versatilidade de Hiromu Arakawa em trabalhar tantos aspectos de forma consistente, inclusive dando características distintas a cada personagem. Um dos que mais gosto é o Ichiro Komaba, que agora está vivendo e trabalhando em Tóquio para tentar uma oportunidade no beisebol. 

Silver Spoon é uma leitura para lá de gostosa e carismática. Um amigo meu considera a obra como uma espécie de “bíblia”, que sempre consulta quando tem problemas ou se sente para baixo. E eu meio que entendo o que ele quer dizer, pois a obra te faz sentir leve. 

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