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MB Review: Amor Imaturo #2

O segundo volume de Amor Imaturo continua a explorar a delicada relação entre Ichikan e Yokkaku, mas agora com mais complexidade emocional. 

A narrativa se aprofunda na insegurança e nas dificuldades sociais dos dois protagonistas, descritos como opostos em muitos aspectos: Ichikan, a bela garota tímida e sem amigos, e Yokkaku, o temido delinquente que, ao contrário de sua aparência, revela um lado gentil e respeitável.

Um dos maiores méritos deste volume é como ele lida com o desenvolvimento da relação entre Ichikan e Yokkaku. Ao contrário de outros mangás do gênero, que podem se apressar em colocar os personagens como um casal, Amor Imaturo Imaturo opta por mostrar como os dois se aproximam lentamente, mesmo sendo uma obra de poucos volumes, o que torna ambos os personagens cativantes. A dificuldade deles em lidar com sentimentos e com a pressão escolar e social é o enredo principal neste segundo tomo.

No entanto, o volume também não deixa de destacar o quão difícil é para os dois se exporem para os outros, especialmente devido aos estigmas que carregam: a beleza de Ichikan a isola, e a fama de Yokkaku de “bad boy” o torna uma figura temida. As interações entre os dois refletem o desconforto social que ambos experimentam, e isso torna a progressão de sua amizade algo especial, já que cada pequeno passo em direção à intimidade parece carregado de significados.

Além disso, o mangá mostra como essa amizade começa a moldar suas interações com outras pessoas. Ichikan e Yokkaku, que inicialmente viviam isolados, começam a se abrir para novas relações neste volume, o que é um sinal claro de sua evolução. Um momento significativo é quando, ao lidarem com a primeira situação de ciúmes, fica evidente o quanto a presença do outro já se tornou essencial para ambos.

Embora o ritmo da história seja um tanto lento em algumas partes, o volume cumpre bem seu papel ao aprofundar os personagens e suas dinâmicas. O foco na construção de uma relação que cresce de maneira lenta e natural, sem pressa, é algo que faz deste volume um bom exemplo de um romance mais reflexivo e genuíno. Não se trata apenas de um conto de amor imaturo, mas de duas pessoas tentando superar seus próprios medos e barreiras emocionais.

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