MB Review: #DRCL – Midnight Children #1
Os tripulantes do navio russo Deméter começam a ter alucinações durante uma viagem rumo à Inglaterra. Alguns membros acreditam que há algo errado — como se uma criatura misteriosa estivesse a bordo. Aos poucos, eventos estranhos começam a acontecer, amaldiçoando a tripulação.
Enquanto isso, um grupo de jovens do colégio Whitby, na Inglaterra, passa a tarde no cemitério de East Cliff e acaba avistando o navio Deméter chegando ao porto sob um céu nublado. Para o espanto geral, o Deméter está completamente vazio. É então que uma espécie de cão gigante escapa do navio e corre em direção ao monte East Cliff, onde estavam Luke, um garoto com transtorno de personalidade, e Mina, uma garota ruiva frequentemente julgada pelos colegas do colégio.
O misterioso cão negro ataca Luke e, ao ser contra-atacado pelos colegas do garoto, transforma-se em um morcego. Sem acreditar no que acabaram de testemunhar, os jovens voltam para seus dormitórios, aterrorizados com a cena presenciada.
Na mesma noite, Luke, que assume a personalidade de Lucy ao anoitecer, convida Mina para um passeio fora dos dormitórios. Durante a conversa, Mina logo percebe que Lucy está diferente do habitual, e acaba descobrindo um segredo sombrio que mudará para sempre a vida de todos.
A narrativa visual de DRCL é impressionante, com diversos momentos cinematográficos e páginas duplas que prendem o leitor nos momentos de tensão. O autor utiliza metáforas visuais para explicar alguns acontecimentos, sem entregá-los de forma direta, estimulando a nossa interpretação.
A arte de Shin’ichi Sakamoto, já conhecido por Innocent, mostra uma evolução ainda mais impactante. Os detalhes e as expressões faciais dos personagens são belíssimos, transmitindo emoções com grande intensidade.
Com apenas um volume, DRCL oferece uma experiência praticamente única e já pode ser considerada uma das melhores séries publicadas no ano, com grande potencial para crescer nos próximos volumes, sem pressa para revelar todos os seus mistérios.
A edição da Panini apresenta um dos projetos gráficos mais belos do ano, com hot stamping vermelho na tipografia da capa e contracapa, combinando perfeitamente com a proposta da obra.