MB Review: Memo Reboot
Em uma época em que a tecnologia estava altamente avançada, a organização Sauve desenvolveu um sistema capaz de capturar e armazenar memórias, tornando-as itens comercializáveis. Essas memórias passaram a ser utilizadas como moeda de troca por pessoas influentes, despertando o interesse não apenas de grandes corporações, mas também de mercenários e caçadores de recompensas.
Nesse mundo, Caly e seu grupo atuam como caçadores de recompensas, viajando a bordo da espaçonave Reboot e aceitando trabalhos relacionados a memórias sob encomenda. Para concluir suas missões, eles precisam enfrentar diversos desafios e perigos ao longo do caminho.
O primeiro volume da obra explora uma variedade de situações intrigantes. Entre elas, há a história de um funcionário da Sauve que, consumido pela culpa, deseja apagar suas memórias para aliviar sua consciência, e a de um filho determinado a recuperar as lembranças de seus pais.
A dinâmica entre os membros da equipe de Caly remete bastante à tripulação de Cowboy Bebop, com interações carismáticas e momentos descontraídos. Embora Caly e Tália recebam mais destaque nesse primeiro volume, os demais personagens são introduzidos de maneira razoável ao longo dos capítulos.
A forma como a materialização das memórias é utilizada em Memo Reboot é simplesmente genial. O sistema permite não apenas reviver momentos de entes queridos, mas também apagar trechos específicos de lembranças, comercializar memórias e até mesmo usá-las como cláusulas em contratos de trabalho. Esse conceito abre caminho para uma infinidade de possibilidades narrativas, tornando o universo da obra ainda mais interessante.
A edição da editora JBC segue o mesmo padrão caprichado dos outros títulos nacionais, contendo também um marca páginas de brinde. Fica novamente o elogio pela iniciativa da editora em publicar obras nacionais com a devida atenção que merecem.
Memo Reboot apresenta uma trama cheia de potencial e certamente agradará aos fãs de um bom sci-fi. Resta agora a expectativa pelo segundo volume.