MB Review: Guardiões do Louvre
Guardiões do Louvre, de Jiro Taniguchi, é uma obra que combina a arte com a parte lúdica de nossos sentimentos. A história segue um artista japonês em visita por Paris, especialmente pelo Museu do Louvre.
Durante seu passeio acaba doente, fazendo com que enfrente a solidão em um país estrangeiro. O protagonista, privado de recursos e apoio familiar, se aventura pelos corredores monumentais do Louvre em uma jornada que mistura realidade e alucinações febris.
A arte de Taniguchi é maravilhosa. Com traços precisos e detalhados, cria ilustrações que parecem verdadeiras obras de arte por si mesmas. Cada página é uma obra-prima visual, com cores sutis e layouts cuidadosamente planejados que possibilitam ao leitor uma imersão nas paisagens e obras de arte do Louvre, fazendo com que se sinta no museu.
A trama é uma mistura fascinante de realidade e fantasia, com o protagonista tendo encontros imaginários com pintores famosos de diferentes períodos da história. Esses encontros são apresentados de forma poética, explorando as emoções e os pensamentos dos artistas, bem como suas obras icônicas. É explorada a solidão, a busca por significado na vida e a importância da arte como uma forma de conexão humana e resolução para as fantasias e problemas anexados ao lúdico.
Taniguchi destaca a relevância dos museus como espaços de apreciação da arte, bem como a capacidade da arte de transcender barreiras culturais e linguísticas e como isso altera nosso subconsciente
Guardiões do Louvre, publicado no Brasil pela editora Pipoca e Nanquim, é um mangá que mescla uma arte deslumbrante e colorida com uma trama profunda sobre o subconsciente. Através da jornada emocional do protagonista pelo Louvre, é proposta a reflexão e busca por significados na conexão humana através da criatividade.