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MB Review: Ashita no Joe #03

Joe e Rikiishi saem do reformatório e se arriscam no mundo do boxe profissional. Enquanto Rikiishi consegue uma boa academia e já atua na área, Danpei e Joe lutam para que sua academia seja, ao menos, reconhecida pela Associação de Boxe. 

Começamos a edição com a tão esperada luta entre Joe e Aoyama, o novo aluno de Danpei. Após o confronto, Danpei faz uma revelação e conta o real motivo de estar ignorando Joe durante o torneio. Em seguida, a aguardada revanche entre Rikiishi e Joe também já tem uma data para acontecer, mas a situação muda quando Rikiishi cumpre sua pena no reformatório juvenil e entra para o mundo do boxe profissional. Joe, novamente, está um passo atrás do adversário.

Como eu disse na resenha dos volumes anteriores, Ashita no Joe é uma obra de boxe e é muito boa em fazer isso. Mas o que realmente brilhou neste terceiro volume foi o desenvolvimento da história e dos personagens. Quando Joe sai do reformatório, é recebido de volta na periferia com festa e sorrisos. Em sua casa debaixo da ponte Namida (traduzida como “ponte das lágrimas” e com forte simbologia para a trama), Danpei monta uma precária academia de boxe para que Joe possa treinar. Nishi, o amigo que Joe fez durante o período que ficou em reclusão, também começa a treinar lá

Ao ser recebido com festa, ver os esforços de seus amigos e de seu professor para com ele, Joe chora. Um choro diferente, já que é a primeira vez em sua vida que o jovem experimenta o carinho de outras pessoas. Ao mesmo tempo, Danpei passa por uma situação onde não consegue que seu clube de boxe seja reconhecido pela associação, frustrado, se afoga na bebida. Esse tipo de coisa envolvendo os personagens é o que dá profundidade à obra. Quando vemos alguma luta no mangá, sabemos que o que está em jogo ali é muito mais que apenas reconhecimento ou um título. Os personagens são efetivamente humanos, com problemas, defeitos, traumas e qualidades.

Ashita no Joe tem sido uma das minhas melhores leituras neste ano, e consequentemente, na minha visão, um dos melhores mangás em publicação no Brasil. A NewPOP está mantendo uma boa periodicidade. Ao ler a obra, fica cada vez mais evidente o porquê de ela ser considerada um clássico absoluto. Mais que recomendado!

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