MB Review: Kaguya-Sama – “Love is a Battlefield”

    Ah, a adolescência! Hormônios à flor da pele, pressões sociais e estudantis e, é claro, o melhor de tudo, o amor! O centro da vida humana, o sentimento mais puro e caloroso… mas não, não para esses dois que vos falarei agora, aqui “o negócio será um pouco mais lá embaixo”, senhoras e senhores, sejam bem vindos à guerra do amor, eu lhes apresento: “Kaguya Sama: Love is War”

   Mas, antes de tudo, vamos contextualizar esse review para entendermos do que a história se trata, então primeiro vamos para uma rápida sinopse: 
    “Família e aparência impecáveis são requisitos base no Colégio Shuchiin, onde os prodígios do amanhã são reunidos para estudar! Foi lá que Kaguya Shinomiya, vice-presidente da Associação Estudantil, e Miyuki Shirogane, o presidente, se conheceram e passaram a sentir atração um pelo outro. Meio ano se passou e nada aconteceu… Os dois têm orgulho forte e obstinação e adquiriram a enfadonha mania de arquitetar planos de como fazer para que o outro confesse seus sentimentos! Vai ser divertido acompanhar como esse romance evoluir! Que comece a nova comédia romântica em forma de batalha de intelectos!

    Agora que sabemos um pouco do que irá rolar, vamos para a análise do primeiro volume do mangá. A obra vem para dar uma balançada nos mangás de comédias românticas que estamos acostumados, diferente do padrão onde sabemos que os personagens se gostam e o desenvolvimento se dá a passos lentos para que, só no final, os protagonistas fiquem juntos. Em Kaguya-Sama, o negócio é diferente! No primeiro volume já temos uma explicação do que está acontecendo e do que virá pela frente, uma vez que os dois personagens já se gostam e ambos sabem disso, entretanto, são orgulhosos demais para assumir a responsabilidade da confissão.

A (trágica) comédia 
    Analisando um pouco do enredo desse primeiro volume, gostaria de comentar sobre um ponto em específico que é a “comédia contextualizada”.
    Kaguya-Sama bebe muito na fonte de comédias em que o humor está dentro da interação dos personagens entre si, então você, meu jovem padawan, que não curte textos longos, essa obra não é pra você. Isso  por que o humor se dá em diversos níveis de conversação. De uma maneira mais exemplificada, vamos aplicar a teoria da incongruência aqui.
    A teoria da incongruência afirma que o motivo do humor e da graça das coisas vêm da quebra de expectativa, com que se espera e o que se recebe, e é justamente isso que, já no primeiro volume, nos é apresentado uma obra repleta de quebras de expectativas e resultados inesperados, e isso é maravilhoso. Afinal, o amor é isso: confusões e diversos erros que nos moldam e formam nossa identidade sobre as relações humanas e nosso desejos.

Conclusão
   A obra em si que me agradou muito, ela cumpre seu papel no quesito humor e, além de tudo, o romance não deixar a desejar, se mantém firme e não perde a graça. Os personagens apresentados são bem vívidos, então não parece nada “robótico” nem genérico, com diálogos que você imagina que vai acontecer. A cada novo quadro você se diverte e acaba por se deixar levar, afinal, pra esse tipo de história, que escolhe longos textos para se expressar, o dinamismo é o mais importante nesse campo de batalha amoroso. Uma recomendação musical para acompanhar a leitura:Love is a Battlefield, Pat Benatar.

Sobre o amor, só entre a gente aqui, você perderia ou não perderia essa guerra, hein?
Kaguya-Sama: Love is War é publicada no Brasil pela editora Panini, com periodicidade mensal, no formato padrão 13,7x20cm, em Offwhite 66 + couché 90.
Onde comprar: Amazon

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