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MB Animações: Chainsaw Man

Chainsaw Man foi um dos destaques em animação do ano passado. Uma produção do estúdio MAPPA, a obra que tem uma carga de ação mais brutal e menos esperançosa, e foi em quase toda sua totalidade um sucesso, desde sua trama intensa e violenta até sua abordagem filosófica das questões de poder. Com origem no mangá criado por Tatsuki Fujimoto, a animação ganhou popularidade entre o público geral. Mas, quais os elementos foram responsáveis por esse processo?

O protagonista Denji é um jovem extremamente pobre que, junto de Pochita, seu demônio de estimação, trabalha feito um condenado para pagar a imensa dívida que herdou de seu pai. Entretanto, devido a um acordo de vida ou morte, ele se funde a Pochita e vira o demônio motosserra. Tirando a narrativa nuclear, Chainsaw Man tem muito o que mostrar além de toda sua ação.  Lidar com as consequências de seus atos, e sentir a dor de perder amigos e companheiros de luta, são pontos que nos levam a refletir sobre o que realmente significa ser “o herói”, e se a violência é a única solução para os problemas.

A obra aborda de forma intensa a questão do poder e da ambição. Os demônios são retratados como seres amorais e de ações abruptas, enquanto os caçadores lutam para proteger o mundo dos demônios e mantê-lo seguro. No entanto, à medida que a história avança, fica claro que nenhum dos lados está completamente certo ou errado, e que as motivações e as ações de cada personagem são complexas e influenciadas por suas circunstâncias.

Algo interessante sobre o protagonista é sobre sua falta de sentido como indivíduo e como ele se submete a situações simplesmente por serem cômodas, algo que o difere dos protagonistas clássicos e ambiciosos das animações japonesas. Denji não quer salvar o mundo ou ser o mais forte caçador, ele quer apenas se alimentar bem, sair com garotas e ter o que vestir. Isso espelha em específico o modelo atual de expectativa em que o Japão e o mundo se encontram e como grande atos estão cada vez mais distantes da realidade.

Mas e aí, o que mais te empolgou na obra? Comenta com a gente.

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