MB Literário: Napping Princess – A Minha História que Eu Não Conhecia
Originalmente publicado em 2019 pela NewPOP Editora aqui no Brasil, a novel Napping Princess: A Minha História que Eu Não Conhecia se tornou não apenas mais um romance neste formato, mas também uma excelente porta de entrada para as light novels que vieram a ser publicadas posteriormente. Cumprindo bem o seu papel como entretenimento e divertimento.
A história segue Kokone Morikawa, que anda tendo sonhos estranhos ultimamente, sobre um reino chamado Heartland, onde ela é uma princesa chamada Ancien que possui talentos mágicos proibidos naquela sociedade que valoriza a tecnologia. Mas quando o mundo real e seus sonhos começam a se entrelaçar, ela se vê no meio de uma intriga em ambos os mundos e parte em busca de respostas, sobre seus sonhos, sobre seu pai e sobre si mesma.
O romance que originou o anime dirigido por Kenji Kamiyama, que foi pré-indicado para o Oscar na categoria de animação, mantém muito bem uma linha narrativa de puro entretenimento e consegue também de forma igual ou até melhor do que o anime transmitir o carisma dos personagens. Como o da própria protagonista, por exemplo, que é tão carismática e engraçada que chega a ser intensa.
Sendo praticamente uma aventura de interligações com o mundo onírico e o real. A história é tanto agradável ao leitor casual de livros e ao mais aficcionado por tramas japonesas, brincando com temas sobre “Isekai” e até diferentes personalidades (por mais tênue que seja), os momentos de ações que são narrados e os diálogos de diferentes contrastes são bem arquitetados, o que promove uma ótima continuação de eventos por mais diferente que os momentos sejam.
Outro ponto que vale elogiar é a construção narrativa, a personagem que no primeiro momento somente segue tendo um sonho diferente sem nenhum propósito em si, logo começa a ter sua carga emocional e por mais alegre que seja mantém muito bem os seus objetivos e estilo, além dos outros personagens que são bem descritos.
A novel é uma ótima pedida para os fãs desse tipo de história, como para quem não conhece ou não teve contato direto com novels. Além de que toda a construção com embargo japonês agradará a esses dois núcleos de leitores. Ah, vale lembrar que a edição brasileira é em formato de livro de bolso, e não contém ilustrações.