MB Review: JoJo’s Bizarre Adventure – Diamond is Unbreakable

Ah, os anos 90! Discotecas, grandes invenções e inovações, e claro, umas das melhores épocas para ser um adolescente! Afinal, como é de costume, quem não saia por aí derrotando serial killers e assassinos como parte da sua vida estudantil nessa época? Peraí, vai me dizer que você não!?… Bem, deve ser por que esse foi um caso bem específico, em uma cidade bem específica, e é isso que faz a cidade de Morioh… inquebrável! Bem-vindos ao MB Review de hoje! 

Como de costume, JoJo’s Bizarre Adventure dispensa apresentações. A série com 8 partes, escrita e ilustrada por Hirohiko Araki, consegue de fato se surpreender a cada novo ciclo, sempre se reinventando, seja em sua estética, plot ou design (você já não leu isso antes..?), 

Há quem diga que, em meio a toda a frenesi que se passou, a franquia precisava de um ciclo mais calmo sem perder sua essência do bizarro, e bem, o seu autor com toda a capacidade narrativa conseguiu entregar o que eu considero uma de suas melhores partes, “JoJo’s Bizarre Adventure: Diamond is Unbreakable” 

Jojo’s Bizarre Adventure: Diamond is Unbreakable é a quarta parte do mangá de autoria de Hirohiko Araki , sucedendo a parte mais famosa da série, Stardust Crusaders. Compilado em 18 volumes, com 175 capítulos originais na Weekly Shonen Jump, a trama narra os acontecimentos depois que passaram-se 11 anos desde a derrota de Dio, o arqui-inimigo dos Joestar. 

Em 1999, Jotaro Kujo vai a Morioh, na cidade S do distrito M, no Japão, à procura de Josuke Higashikata, o filho ilegítimo de Joseph Joestar. No entanto, Josuke tem a mesma habilidade de Jotaro: ele é um usuário de Stand. E quando Jotaro invoca o seu Star Platinum, um novo grupo de usuários de Stand entra em ação. 

Há algo de estranho nesta cidade… mas Josuke fará de tudo para salvar Morioh, sua cidade natal. 

Como dito acima, essa pra mim é uma das melhores partes de toda a trama (ficando atrás apenas da inigualável parte 7), tudo isso pelo seu clima e diferencial de todas as 3 partes anteriores. A obra mescla e brinca com duas demografias numa mistura totalmente improvável, que é a ação e o slice of life, e nisso coloca alguns momentos de calma e simplesmente o dia normal de um adolescente dos anos 90, misturando com a ação de vilões com stand e poderes malucos e sua bizarrice. 

Essa parte também segue a esquematização da terceira, com diversos vilões até a chegada do chefe final. Dessa vez, os vilões não tem uma ligação direta com o chefe, o que deixa a parte ainda mais dinâmica, já que em cada luta possa parecer que estamos com o antagonista principal da temporada, aumentando ainda mais o clima de suspense. 

Nessa parte também temos aparições de alguns personagens icônicos, como o Jotaro e Joseph, o que aquece ainda mais o coração dos fãs da obra. Os vendo numa pegada mais tranquila, sem toda a tensão das primeiras partes (pelo menos no começo…). E claro, os aliados do Josuke, adolescentes que simplesmente vão vivendo suas vidas e de vez em quando se metendo em bizarrices com o JOJO da vez. 

Tudo isso arquitetado numa vibe e ambientação de uma cidade aparentemente “tranquila” em que os dias vão passando. Essa é Morioh, essa é sua história. Uma pequena menção honrosa ao “anti herói” dessa parte, Rohan Kishibe, que para mim foi uma das melhores criação do Araki (e acho que ele também concorda devido a enorme quantidade de Spin-off e Ova desse personagem). Um mangaka que aparece como um vilão no começo e vai aos poucos se introduzindo como um personagem, com as mesmas vontades dos aliados, mas sem se meter tanto no assunto. Tem um dos Stands mais bonitos e, claro, com um dos design mais fashion da trama. Deus abençoe o Rohan!

E temos que falar dele (ou pelo menos mencionar), o antagonista principal dessa narrativa. Sendo um dos meus vilões favoritos, com um dos Stands mais bonitos, Yoshikage Kira talvez seja o vilão feito sob encomenda para essa parte. Suas motivações? São simples, ele não deseja dominar o mundo, ou ser superior, tudo que ele busca é viver sua vida em tranquilidade, longe de conflitos ou coisas que o tirem da sua zona de conforto, simplesmente passando seus dias vivendo normal, sendo um poço de contradição… 

O Araki retrata bem nesse personagem a mente de um serial killer e sociopata, uma pessoa que evita a qualquer custo o perigo e que ainda assim comete as suas atrocidades e seus desejos, com um stand ideal para isso, Killer Queen (sim, o nome da música do Queen), um gato humanoide que explode seus inimigos sem deixar rastros, o que retrata o coração do seu usuário. 

 Diamond is Unbreakable foi com certeza um experimento de Hirohiko Araki em meio a uma visão diferente para a demografia Shōnen que deu certo. Mesclar a vida normal de um adolescente em meio às bizarrices da trama foi algo que somente esse autor conseguiria. Stands icônicos, referência ao rock anos 80 e 90, um vilão marcante e com uma ideologia totalmente revolucionária para época, onde motivações para a vilania como a dominação mundial ou pertencimento eram comum, escolher simplesmente um assalariado doentio com sociopatia mudava totalmente a tensão da trama, adicionando um suspense e clima de mistério. Araki fez, para mim, Diamond is Unbreakable uma das melhores partes em escrita.

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