MB Review: Super Lady Cop (1993)

Antes mesmo de “Street Fighter – A Última Batalha” tivemos o filme Super Lady Cop. Apesar de não ser uma adaptação fiel da franquia de jogos de luta da Capcom, pega emprestado a personagem Chun-li que por sua vez é uma super policial robô modificada em busca de 3 robôs militares que escaparam de um laboratório! Um filme cheio de galhofas e cenas de ação que remetem diretamente aos mesmos golpes que vemos em Street Fighter.

No verão de 1992, uma misteriosa explosão destruiu completamente um laboratório químico no norte da China e três robôs militares escaparam dos escombros. Meses depois, três bandidos cruéis espalham terror em Hong Kong, sob o nome de “Falcous”. Eles são identificados como os experimentos que escaparam da explosão. Pequim envia o seu melhor robô: Chun-li para capturar e recuperar os Falcous!

Super Lady Cop é um ótimo exemplo de produto de sua época, com um humor muito galhofeiro e piadas com temas sexuais que nos dias de hoje seriam visto com maus olhos e uma grande sátira aos próprios filmes de ação por seus muitos exageros e golpes de video-game.

Antes de mais nada, é importante dizer que Super Lady Cop é um filme que não se leva a sério, algo que pra mim faz com que se torne um pouco mais interessante do que a versão do Van Damme de 94 e “A Lenda de Chun-Li” (2009). Mas, obviamente isso não o torna um filme perfeito. Ao contrário, está bem longe disso. Inclusive, o mesmo começa bem confuso e não responde a maioria das perguntas deixadas no ar, o que pode frustrar muitos espectadores.

A impressão que fica é que o diretor Wellson Chin queria apenas se divertir e, acima de tudo, homenagear a franquia Street Fighter. Isso fica claro bem no começo do filme onde temos uma rápida cena que mostra o visor de uma TV com a imagem de Guile e a icônica voz dizendo: Hadouken! Só por essa referência já vale a pena ser conferido. Porém, as homenagens a Street Fighter não param por aí. Mas sobre isso falaremos mais tarde!

No papel principal de Chun-li temos a atriz e artista marcial Cynthia Khan, uma das atrizes mais consagradas nos anos 90 em filmes de ação de Hong Kong da era “Guns with Girls”. Por mais que o roteiro não tenha sido escrito com na Chun-li da Capcom, é uma grata surpresa ver a grande Cynthia Khan interpretando essa versão “alternativa” da mesma, combinando bem mais no papel que a Ming-Na Wen ou a Kristin Kreuk, ficando atrás apenas do Jackie Chan vestido de Chun-li em City Hunter (hehe).

Sobre os outros personagens do filme não temos grandes destaques. Os vilões são bem genéricos e nem os personagens de apoio são tão interessantes assim, mesmo que contemos no elenco com nomes como: Athena Chu, Yuen Wah, Michelle Sze e etc. Porém, o tipo de humor do filme pode agradar uma boa parcela dos fãs de filmes chineses dos anos 90. Não é o tipo de comédia que me pega tanto, mas compreendo o seu contexto.

Voltando para as referências que o filme presta à franquia da Capcom, fica o grande destaque para o seu clímax com Cynthia Khan de Chun-li e o ator Bei-Dak Lai de Guile. Se não bastassem as roupas, ainda temos os mesmos golpes e especiais de ambos os personagens em Street Fighter. Até mesmo um bizarro “Flash Kick” que o narrador fala “Hadouken” (hehehe). Curiosamente, tal cena foi removida da versão de DVD a pedido da Capcom, ficando apenas o registro na versão de cinema e VHS. Um corte bem bizarro, pois a exclusão dessa cena na versão de DVD torna a batalha final sem sentido e é justamente esse embate que conclui a luta.

Super Lady Cop está longe de ser um dos melhores trabalhos da Cynthia Khan e tão pouco a melhor homenagem à franquia Street Fighter. Contudo, a obra diverte mesmo com suas cenas de ação exóticas e fora da realidade, sendo um de seus melhores méritos ter dado o papel de Chun-li para a senhora Khan. Apesar de não ser a mesma dos videogames, ainda assim nos garante bons sorrisos e nos faz pensar no que esse filme poderia ter sido se fosse mais fiel ao conteúdo original. Inegavelmente o diretor dessa obra se divertiu bastante e realizou um sonho. Fico feliz por ele.

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