MangásPanini

MB Review: The Legend of Zelda – Ocarina of Time Perfect Edition

Um dos melhores jogos de todos os tempos ganham uma versão em mangás bem inusitada. Confira nossa análise de The Legend of Zelda: Ocarina of Time – Perfect Edition da editora Panini.

Em 1999 com o sucesso de Ocarina of Time, a dupla de mangakás, sob o pseudônimo Akira Kimegawa, recebeu o pedido inusitado da própria Nintendo para um mangá do mais recente jogo da franquia Zelda. Saindo em 2000 na revista mensal Shogaku Gonensei, o mangá foi um sucesso imediato que resultou na adaptação de diversos jogos para os mangás 

Ocarina of Time conta a jornada de Link, um hylian criado como um kokiri que se descobre como o lendário Herói do Tempo que precisa proteger Hyrule e sua princesa, Zelda, das garras do terrível Ganondorf. A primeira nota importante é que o mangá é uma releitura do jogo. Ele tenta manter uma narrativa coerente e linear e o jogo não é bem assim, apesar de apresentar uma falsa sensação de liberdade.

Link fala, e pra caramba. Algo que pode decepcionar muitos dos fãs dos jogos, pois a personalidade do herói é uma mistura de coragem, bondade e inocência, sendo praticamente um Goku de Dragon Ball. Ah, e ele é totalmente apaixonado pela Zelda, o que não é correspondido.

Outro fator interessante é que o mangá é dividido em duas temporadas. Link criança e Link adulto, então os cristais que ele precisa pegar quando criança e os sábios despertados como adulto estão presentes no mangá. Porém, nem todos os templos têm uma história, como o temível templo da água na região dos Zoras.

Contudo, outros elementos são inseridos na releitura dando mais coerência à narrativa, como a origem de Link e o Sheik aparecendo na história. Algo que pode ou não agradar aos fãs. 

Já a arte é bonita mas estranhamente confusa pelo excesso de informações e piadas que ocorrem simultaneamente em uma mesma página. O traço tem uma mistura dos mangakás com a arte do jogo da Nintendo, o que acaba sendo positivo.

The Legend of Zelda: Ocarina of Time é uma excelente releitura de um clássico amado nos videogames cuja finalidade é trazer mais fãs à franquia. Provavelmente não agradará os fãs mais fanáticos, porém é uma excelente porta de entrada ao universo da franquia, pena que não há uma previsão de reimpressão da editora para a coleção.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *