MB Review: Miyamoto Musashi

Miyamoto Musashi é considerado o maior espadachim japonês de todos os tempos. Baseado em sua obra “O Livro dos Cinco Elementos” (ou “O Livro dos Cinco Anéis”, dependendo da tradução), vários artistas se arriscaram a quadrinizar sua história de vida, e um deles foi Shotaro Ishinomori.

Escrita e ilustrada por Ishinomori, a obra foi serializada entre 1971 e 1972 na revista japonesa Kibou no Tomo e concluída com dois volumes encadernados, que foram compilados em uma única edição pela editora Pipoca & Nanquim No Brasil, outros mangás retratando a vida de Miyamoto Musashi já foram publicados, como “Vagabond” (Conrad e Panini) e “A Besta” (NewPOP). Além disso, a própria Pipoca & Nanquim anunciou “A Lenda de Musashi”, um mangá de Goseki Kojima e Mamoru Sasaki que deve ser lançado ainda este ano.

Na história, acompanhamos o protagonista, Shinmen Takezo, um jovem impulsivo, desde sua juventude até a vida adulta, depois de se tornar Miyamoto Musashi. O mangá foca mais nas batalhas que ele travou ao longo da vida, mencionando apenas alguns elementos essenciais de sua vida pessoal, como seu relacionamento com Tsu. Além disso, a comparação com “Vagabond”, “A Besta” e outras obras que retratam a vida de Musashi é inevitável, e acho que isso é uma das coisas mais divertidas em relação ao mangá. É muito interessante ver as liberdades criativas que cada autor toma.

Por exemplo, Sasaki Kojiro, um grande espadachim que desafia Musashi, é um personagem surdo em “Vagabond”. Aqui, ele não apenas fala, mas fala muito e é bastante “nervosinho”. No entanto, tanto em “Vagabond” quanto em “Miyamoto Musashi”, Kojiro é um espadachim extraordinário. Por outro lado, enquanto “Vagabond” e “Miyamoto Musashi” compartilham semelhanças em relação à juventude de Takezo, “A Besta” retrata uma versão quase demoníaca dessa figura histórica. Mas as três versões retratam bem o relacionamento complicado do protagonista com seu pai.

Uma coisa interessante que Ishinomori faz é incluir algumas citações diretas do livro em momentos-chave do mangá, literalmente ilustrando o que foi escrito pelo próprio Musashi. Ele também menciona a idade do personagem durante esses eventos importantes. A arte é característica do autor. Nesta obra em particular, achei bastante semelhante ao estilo de Osamu Tezuka. Isso faz sentido, já que Ishinomori foi assistente dele. Gosto muito do estilo, mas sei que nem todos apreciam. As paisagens realistas que vemos no mangá são lindas, ao mesmo tempo em que alguns personagens têm uma expressão muito caricata.

Para quem gosta de histórias de samurai, a obra é muito recomendada. Se você é fã do Musashi, ou de Vagabond, por exemplo, esse mangá é uma boa alternativa, já que é volume único e possui uma edição primorosa. A leitura também é muito fluida. Recomendo!

Para aqueles que apreciam histórias de samurais, essa obra é altamente recomendada. Se você é fã de Musashi ou de Vagabond, por exemplo, esse mangá é uma excelente opção, pois é um volume único e possui uma edição de alta qualidade. A leitura também é muito fluida. Recomendo!

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