MB Review: Stray Cat Rock – Machine Animal (1970)

Dois homens japoneses ajudam um desertor da guerra do Vietnã a escapar do Japão para a Suécia e planejam financiar a fuga vendendo pílulas de LSD. Mas depois que a notícia do tráfico de drogas se espalha, se veem lutando contra gangues rivais.

Stray Cat Rock: Machine Animal é o quarto e penúltimo filme da franquia. Diferente do seu antecessor, Sex Hunter, apresenta um Japão mais multirracial e o desejo de liberdade em sair do seu próprio país. Assim como os três filmes anteriores, Machine Animal é bastante diferente em seu tom e estrutura, assim como a maneira como a violência impacta na juventude. Por mais que fique abaixo do anterior, esse consegue ser bem melhor que os dois primeiros da série.

A atriz e cantora Meiko Kaji retorna à franquia e dessa vez no papel de Maya, a líder de uma gangue feminina. Sua personagem é bem durona mas com um coração gentil pronta para ajudar quem precise, além de esbanjar beleza e classe com seu figurino branco e um grande chapéu preto. Diga-se de passagem, esse é um dos figurinos mais bonitos que ela já usou na série. Todavia, o roteiro pouco desenvolve as integrantes da gangue de Maya, ficando deslocadas essas personagens em cena. Uma pena pois, todo o elenco é bem carismático e entrosado.

Outro grande destaque é a trilha sonora que conta com mais números musicais e é uma ótima porta de entrada para apresentar parte do cenário musical da época no Japão que contava principalmente com teclados e baixo. Além disso, temos duas músicas cantadas pela própria Meiko Kaji que culmina numa belíssima cena de sua personagem se apresentando enquanto conversava com um dos fugitivos. Mais uma vez o diretor Yasuharu Hasebe consegue utilizar bem todo o potencial da senhorita Kaji em cena, dando ainda mais destaque na série.

Sobre as cenas de ação, boa parte delas se concentram em motos, sendo o momento de destaque quando a gangue de Maya vai atrás da gangue dos Dragões com pequenas Hondas. Apesar de não ter o apelo visual de alta velocidade, é uma cena bem agradável e fofa de acompanhar. Infelizmente, o senhor Hasebe insiste num desfecho trágico e amargo como em seus filmes anteriores, o que não diminui seus pontos altos, os quais sempre se sobressaem.

Stray Cat Rock: Machine Animal é um bom Thriller de lutas de gangues de motociclistas que deve agradar mais os fãs de longa data de Meiko Kaji assim como os cinéfilos que curtem um bom entretenimento setentista asiático.

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