MB Review: Ayashimon

Após a morte de um chefe muito poderoso da Yakuza, uma guerra de gangues estoura por toda Shinjuku, onde os grupos se enfrentam para tentar obter o domínio completo sobre a região. Em paralelo, Maruo, um adolescente cuja paixão por mangás Shonen o motiva a viver uma aventura digna de um protagonista, salva a jovem Urara, filha legítima do falecido chefe da yakuza. Juntos, uma aventura de brigas, poderes e socos composta em três volumes é contada em Ayashimon, escrito e desenhado por Yuji Kaku (Hell’s Paradise).

Em Ayashimon, a Yakuza é composta por espíritos malignos, ou Youkais, uma classe de criaturas sobrenaturais do folclore japonês, cada um com poderes e peculiaridades próprias. Eles formaram gangues que se espalham por toda Shinjuku, disfarçando-se e vivendo entre humanos. Mesmo com o caos instaurado, as regras estabelecidas entre eles são leis, especialmente a Lei do Mano a Mano, onde os conflitos são resolvidos em uma briga entre um “campeão” de cada lado, e as condições de vitória devem ser obrigatoriamente cumpridas após seu término.

É nesse universo que o protagonista Maruo se encontra. Um humano adolescente com uma força descomunal que, após salvar Urara, entra em um acordo para que ela seja a nova chefe da Yakuza, com Maruo como seu campeão. A todo o momento, o autor utiliza de todos os clichês possíveis de um mangá shonen e não apresenta originalidade nenhuma. Sua construção de personagens, seus relacionamentos e enredo são bem previsíveis, caso já esteja acostumado com o gênero.

Entretanto, Ayashimon não se leva a sério e muitas de suas piadas, especialmente as que envolvem metalinguagem, trazem um ar de graça. Maruo é o famoso protagonista bobão, mas extremamente forte, e os outros personagens ao longo da obra têm o seu destaque em momentos específicos, mas se tornam facilmente esquecíveis.

Mesmo Ayashimon sendo parecido com muita coisa que já assisti ou li, diverte e pode ser considerado uma história descompromissada para “descontração”, entre tantas outras obras mais longas. Os quadros das brigas são muito bem desenhados e apresentam boa fluidez das lutas, assim como a dos personagens com características bem icônicas. Se tivesse mais um volume, dava para contar uma história menos apressada!

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