MB Review: Flying Witch #1 e #2

Em “Flying Witch”, somos apresentados à jovem bruxa Makoto Kowata. Ao completar 15 anos, Makoto embarca em uma jornada ao interior do país, para aprimorar seus poderes. Acompanhada por seu gato Chito, a jovem terá que se adaptar à vida rural, a escola e os desafios dessa nova fase, enquanto tenta se descobrir. Aqui a magia se entrelaça com a vida cotidiana, revelando-se nas sutilezas da rotina. 

A obra, publicada no Brasil pela JBC, flui suavemente, proporcionando uma leitura descontraída e divertida. Flying Witch é um Iyashiken, gênero de histórias que podem ser descritas como “curativos”. São animes e mangás que trazem uma sensação de tranquilidade ou mexem com nossas emoções de um jeito bom. As histórias Iyashikei geralmente têm um clima relaxante e nostálgico. Os lugares são lindos, pacíficos, e as narrativas focam mais em reflexões sobre a vida, passando por momentos emocionantes, uma certa melancolia e valorizando as coisas simples do dia a dia.

A autora propõe conduzir a narrativa por um mundo onde as situações problemáticas não são tão preocupantes, e apesar da magia, as dificuldades têm um cunho bem próximo dos problemas dos humanos normais. A atmosfera calma do slice-of-life é evidente, e a narrativa, embora mágica, é enraizada em situações realistas. O mangá com seu estilo leve e descontraído é ideal para leituras despreocupadas, permitindo que os leitores se percam no encanto das descobertas de Makoto e suas relações com outros personagens.

No segundo volume, Makoto vai em um festival de flores de cerejeira, onde seus dilemas da juventude, relacionamentos e sua visão sobre laços familiares são apresentados. Também somos introduzidos a sua irmã, Akane, que com sua sabedoria, compartilha truques valiosos com Makoto, enquanto Chinatsu, a prima curiosa, adiciona uma camada adorável à trama. Não se atém apenas ao universo mágico, mas também enfatiza os laços familiares e a responsabilidade que vem com os poderes de bruxa.

Com um bom tom de humor e uma excelente narrativa, “Flying Witch” é uma obra que encanta e relaxa, e ambos os volumes se destacam pela riqueza das descobertas de Kowata. Desde os momentos simples no interior até a complexidade das relações familiares, cada página é repleta de encanto. Os traços delicados de Ishizuka complementam a narrativa, onde o que é falado nos balões de diálogos é sentido nas expressões dos personagens.

Cada volume contribui para a construção gradual do mundo mágico e divertido dos personagens, revelando não apenas os aspectos técnicos da bruxaria, mas também a riqueza das relações interpessoais, o humor e as coisas simples da vida. O mangá ainda está em publicação no Japão, e com certeza vale dar um confere na obra aqui no Brasil!

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