MB Review: Parasyte #1
Clássico de Hitoshi Iwaaki retorna ao Brasil em uma edição totalmente colorida. Uma ótima oportunidade para aqueles que não conhecem ou que não têm esse clássico incrível.
Parasyte (Kiseijuu) foi escrito e desenhado por Hitoshi Iwaaki e serializado originalmente na revista Afternoon e completo em 10 volumes. No Brasil, a @editorajbc publicou a coleção original entre 2015 e 2016. Em 2024, a editora traz novamente o título em uma edição totalmente colorida e completa em 8 edições. Entre 2014 e 2015, Parasyte foi magistralmente adaptado para anime pelo estúdio MadHouse.
Parasitas alienígenas começam a cair do céu e adentrar o corpo das pessoas com o objetivo de chegar ao cérebro e assumir por completo o controle dos hospedeiros. Shinichi Izumi, o protagonista, estava ouvindo música quando um desses seres tenta chegar ao seu cérebro. Ele consegue evitar que a criatura tome controle de seu corpo, mas o parasita acaba ficando alojado em sua mão direita. Como vai ser a vida de Shinichi a partir daí? E como vai ser a relação dele com o parasita que habita sua mão e com os outros hospedeiros?
A dinâmica do protagonista com o parasita se torna algo muito legal. Não só por conta dos diálogos entre os dois, mas também pelas estratégias e ações que eles tomam durante os combates, que são bastante brutais. Os “vilões” da trama são outras pessoas que estão sendo controladas por parasitas. Um ponto muito interessante é a forma com que essas pessoas se integram à sociedade, muitas vezes ocupando cargos públicos. Além disso, a maneira com que Iwaaki desenha as distorções físicas nas pessoas parasitadas é desconfortavelmente fascinante, puxando para o lado do “body horror”. Os traços do autor são bastante característicos e bem puxados para os anos de 1980, o que particularmente, acho muito charmoso. A edição colorida reforça a qualidade dos desenhos do mangaká.
Acho que vale muito a pena colecionar essa nova edição do mangá. Além de ser uma obra incrível, o acabamento está excelente. Por mais que eu considere mangás em preto e branco mais bonitos de um modo geral, a edição antiga possui alguns volumes bastante chatos de encontrar, além de um papel com alta transparência. Tendo isso em mente, a versão colorida é a versão definitiva para aqueles que querem conhecer a história da melhor maneira possível.