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MB Review: Amor Imaturo #1

Publicado no Brasil pela editora New POP, o primeiro volume de Amor Imaturo conta a história de Ichika, uma garota bonita, mas introvertida, que tem dificuldades em socializar. Sua aparência atrai olhares, mas também a isola, tornando a amizade um desafio. No seu primeiro ano no colegial, seu objetivo é simples: fazer um amigo. Sua vida muda ao conhecer Yuya, um jovem com fama de delinquente, mas que, na verdade, é gentil e atencioso. A partir desse encontro, nasceu uma amizade delicada e cheia de emoções.

Por ser um romance jovem, a autora fala com delicadeza sobre os medos e as inseguranças dos dois personagens. Ichika, com sua beleza, é constantemente julgada pelas pessoas, enquanto Yuya, por sua fama, sofre de uma solidão parecida. Isso serve como gatilho para o surgimento da relação deles, criando uma química cativante desde o início.

A relação entre Ichika e Yuya vai além da amizade, embora o início de um romance entre os dois seja mostrado de forma gradual. A escritora não acelera a evolução desse sentimento; ao invés disso, ela o maneja com calma (talvez até demais?), investigando a inexperiência e a inocência do primeiro amor. Eles cometem erros, hesitam e, muitas vezes, são inseguros, o que torna a história ainda mais autêntica e realista. Não há pressa em transformar a amizade deles em algo maior, o que talvez só se concretize nos próximos volumes.

Yone Kurachi tem uma arte muito bonita, que complementa bastante o shoujo. O cenário escolar, embora simples, serve como pano de fundo para o crescimento dos personagens. O primeiro volume mantém uma estrutura leve, sem grandes vilões ou conflitos dramáticos, o que torna a leitura reconfortante, ideal para um momento de relaxamento após um dia cansativo.

Em resumo, o primeiro volume de Amor Imaturo se mostra como um mangá que explora as dificuldades da adolescência com uma abordagem sensível e honesta. As questões de solidão, insegurança e o primeiro amor estão presentes, e o romance entre Ichika e Yuya é tocante sem ser forçado, porém, um pouco demorado. Todavia, isso não tira o mérito da obra.

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