MangásNewPOP

MB Review: Hello, Melancholic! #3

O volume 3 de Hello, Melancholic! Publicado pela editora NewPOP, fecha a jornada de Minato e Hibiki, abordando temas como despedida e a luta interna que vem com o amor adolescente. 

O conflito entre elas atinge seu ápice com a proximidade da formatura de Hibiki, levando Minato a questionar seu futuro. A autora mantém a força emocional da relação, mas o ritmo acelerado no final deixa a impressão de que algumas resoluções foram apressadas.

Ao contrário dos primeiros volumes, onde a relação das duas evolui com naturalidade, o conflito aqui não está apenas no terreno da música ou da banda, mas nas emoções não ditas e nas falhas de comunicação. Minato, que sempre foi mais introspectiva e passiva, agora enfrenta um desafio ainda maior: aprender a se posicionar, a dar voz aos seus sentimentos e, finalmente, a lidar com a possibilidade de perder Hibiki, que está prestes a se formar. Esse tipo de insegurança, comum em quem vive o primeiro amor, é tratado com sinceridade. O final, embora prazeroso, não amarra as pontas dos outros volumes. No entanto, isso não desmerece sua proposta de ser uma boa história.

Outro aspecto a se comentar é a forma como a obra lida com os personagens secundários, como Chika e Sakiko. Após terem sido bem desenvolvidos nos volumes anteriores, suas histórias ficam em segundo plano. O que poderia ser um magnífico arco paralelo sobre o amor e a amizade acaba sendo negligenciado, tornando o enredo mais focado em Minato e Hibiki, o que por um lado é positivo por não haver divagações, por outro, resulta na formação de “fantasmas narrativos” esquecidos nas páginas anteriores. Há de se dizer também sobre a inclusão de uma história extra sobre Emma com uma revelação sobre um relacionamento com uma mulher adulta que, embora tente ser abordada com sensibilidade, acaba por trazer um “age-gap” desconfortável.

Apesar desses tropeços, a conclusão de Hello, Melancholic! não deixa de ser tocante. O final apresenta Minato, antes insegura, agora mais forte, capaz de lutar por seus desejos e consciente de suas limitações. Hibiki, sendo a força que impulsiona Minato, também foi bem construída, assim como a adorável relação entre ambas. O final é agridoce, não totalmente resolvido, mas ainda assim esperançoso.

Se você gostou dos dois volumes anteriores, com certeza vai sentir uma conexão com o final da história, mesmo que ele deixe alguns fios soltos. No final, a obra se mantém como uma tocante e curta história de amor adolescente, ressaltando a importância do presente e do futuro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *