MB Review: Battle Royale #4
Em seu penúltimo volume, Battle Royale mantém o nível entregando momentos intensos, mostrando que ainda há muito potencial e prepara o terreno para seu desfecho.
O volume continua com a trama envolvendo o acidente que ocorreu no refeitório das meninas, onde Shuya se depara com a grotesca cena em que o ambiente se encontrava, e agora precisa lidar com a única sobrevivente da chacina, Yuko Sasaki, que está psicologicamente abalada.
Conhecemos um pouco do passado de Yuko, enquanto a trama se desenrola e Shuya precisa convencê-la de que ela está enxergando as coisas de maneira errada. Outro momento insano que Battle Royale entrega envolvendo o esgotamento mental de seus personagens.
A obra tira brevemente o piso do desacelerador e consegue fazer uma retrospectiva de tudo o que aconteceu até então, de maneira subjetiva.
Voltamos para o núcleo de Hiroki, que acaba de receber uma notícia devastadora, mas logo fica aliviado ao encontrar uma das sobreviventes. Seguindo a fórmula de Battle Royale, conhecemos mais o passado de alguns personagens que restaram por flashbacks.
Ainda neste núcleo, presenciamos uma das batalhas mais intensas que o mangá teve até o momento, envolvendo Hiroki e Kiriyama. A maneira como a luta brinca com o desespero do leitor é algo sensacional. Uma hora parece que está tudo acabado e na página seguinte somos alimentados por uma breve esperança, como uma montanha-russa.
Esse é um dos trunfos de Battle Royale, entregar momentos que tiram nosso fôlego e nos chocam com seu desfecho, e neste volume não seria diferente.
Sendo este seu penúltimo volume, a obra começa a fechar o cerco com os poucos personagens restantes e nos deixa intrigados em saber como toda a história vai acabar, uma vez que a obra nos surpreende com seus acontecimentos a cada volume que passa.
A edição física da Pipoca & Nanquim continua sendo muito mais completa do que as publicadas no Brasil até o momento, demonstrando o cuidado da editora até mesmo na mudança de padrão de cores entre volumes pares e ímpares. A edição brasileira corresponde a 3 da japonesa, outro acerto por parte da editora, encurtando o número de volumes da série.