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MB Review: The Fable #01

Apesar de ser bem conceituado no Japão e ter uma adaptação para anime e live-action, The Fable é uma aposta da JBC para o mercado brasileiro. Felizmente, a obra é realmente promissora.

Publicado originalmente no Japão entre 2015 e 2020 e finalizado com 22 volumes, The Fable foi escrito e desenhado por Katsuhisa Minami e recebeu adaptações para anime e live-action, além de receber uma continuação completa em 9 volumes. No Brasil, a @editorajbc está publicando o mangá no formato 2 em 1. 

A história nos apresenta ao assassino profissional conhecido como “Fable”, que realiza trabalhos majoritariamente para grupos criminosos. Após concluir um serviço, seu chefe pede para que Fable e sua ajudante assumam identidades falsas e se mudem para Osaka por um ano, para a “poeira baixar” antes de voltarem à ativa. Durante esse ano, serão protegidos por um grupo yakuza local, mas isso não significa que conseguirão ter paz e viver como pessoas normais.

A JBC acertou em publicar a edição compilando dois volumes. Digo isso porque a história, ao menos nesse início, possui um ritmo mais lento. Isso não é necessariamente um problema, é apenas a forma que o autor decidiu contar a trama, apresentando bem os personagens. Vi algumas pessoas dizendo que “nada acontece” aqui, mas é necessário entender que cada mangaká tem sua escrita, ainda mais nos mangás voltados ao público adulto, onde aquela pressão editorial para que o quadrinho emplaque logo de cara é bem menor que nos shounens. Fica a impressão que Minami sabe bem o que quer fazer com o roteiro, e no momento está preocupado em situar o leitor no mundo, cotidiano e vida dos personagens. Apesar de alguns momentos ligeiramente engraçados, a atmosfera é densa e retrata bem o submundo japonês. O trabalho artístico é bastante realista, os personagens realmente aparentam ser japoneses e possuem características distintas, muito semelhantes às pessoas reais. Isso casa bem com o tom da história.

O formato da publicação é um pouco menor que o habitual dos tankos nacionais, mas é bastante confortável durante a leitura e não notei transparência nas páginas, que são em papel pólen 70g. Pretendo continuar acompanhando a obra, que me entreteu e parece muito promissora. Espero, porém, que a JBC mantenha uma boa periodicidade, algo que vem sendo vilã de alguns títulos da editora.

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