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MB Review: Yan #3

O terceiro e último volume de Yan, de Chang Sheng, fecha essa história cheia de ação. A batalha final contra o robô Treze, a ameaça mais poderosa que a humanidade já enfrentou, coloca os protagonistas em situações desesperadoras. 

O conflito não é apenas físico, mas também carrega um peso emocional, já que Yan, junto de seus aliados, enfrenta dilemas sobre sua própria identidade e os sacrifícios que precisará fazer para salvar o mundo.

Se o primeiro e o segundo volume abriram um leque de possibilidades, o terceiro se concentra em uma ação mais direta, sem se perder em complexidades excessivas. A relação entre os personagens e suas motivações se intensifica, especialmente com a introdução de um aliado misterioso e a parceria com Higa Mirai. O autor, conhecido por misturar sci-fi com elementos de horror, faz um trabalho eficiente ao conduzir a história para um clímax visualmente impactante, com lutas coreografadas que garantem o ritmo frenético da obra.

Ao contrário de muitos outros quadrinhos que exploram temas de vingança e poder de forma previsível, Yan se distingue pela forma como combina mitologia, tradições culturais e ficção científica. A luta de Yan contra Treze vai além de um simples embate físico; ela também é uma jornada de autodescoberta e questionamentos sobre o que está em jogo. A série não se esquiva de mostrar os dilemas de seus herois e o peso das escolhas que fazem, mas, ao mesmo tempo, nunca perde o foco no espetáculo das batalhas.

Uma das maiores qualidades do volume final é como ele mantém o equilíbrio entre ação e narrativa. O autor não se perde em explicações desnecessárias e prefere deixar as revelações para momentos-chave, mantendo o ritmo da história sem sacrificar a profundidade dos personagens. A sensação de que o final pode ser o encerramento de um ciclo, mas também deixa espaço para possíveis expansões, é bem trabalhada.

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