MB Classic: Black Lagoon – Bandido bom é Bandido… (+18)

MB Classic será o lar dos animes e mangás que já tem uma certa idade, assim com quem escreve. São obras que saíram em uma das mídias citadas até 2009. Darei preferência por obras que foram “esquecidas” por algum motivo (seja por algo óbvio ou totalmente desconhecido).

Por falar em obras esquecidas, nada melhor que começar essa coluna com um mangá/anime que foi “esquecido” por muitos: Black Lagoon.

“You made a messFor christ sake, this rotten worldShit out of luckGo with my visionLight up the fireRight on the powerWeapon… i have it all”

Mell – Red Fraction – Abertura do Anime de Black Lagoon

    Sim, toda vez que eu ouvia esse refrão, sabia que viria aí um episódio cheio de ação, tiros e mortes para todo canto, já essa era a premissa de Black Lagoon, mangá de Rei Hiroe serializado na Sunday GX da editora Shogakukan desde 2002 e ainda em publicação após um longo hiato, totalizando 11 volumes até o momento. O anime teve duas temporadas, uma pequena série paródia e uma série de OVA’s produzidos pela Madhouse, em 2006.
    “Quando Okajima Rokuro visita o Sudeste da Ásia levando um disco ultrassecreto, ele é sequestrado por piratas de um barco torpedeiro chamado “Black Lagoon”. Embora achasse que logo seria resgatado, a empresa em que ele trabalha o abandona, e envia mercenários para recuperar o disco. Por pouco ele escapa com vida, mas não tem mais para onde ir. Então, Rokuro renuncia seu nome e passado e decide viver como um membro do Black Lagoon.”

    

A história de Black Lagoon se passa na cidade de  Roanapur, na Tailândia. É uma cidade que basicamente só tem bandidos e toda a narrativa da obra é entre a disputa desses bandidos. Há diversas facções, como a máfia russa, a tríade asiática, gangues jamaicanas, mercenários americanos, traficantes colombianos e por aí vai, bem no estilo filmes de ação anos 90.  

    O desenvolvimento das sagas é algo totalmente dinâmico, a histórias são recheadas de muita ação, tiroteios e mortes sangrentas. Tudo com um desenvolvimento e clímax bem satisfatório. Como não se lembrar de arcos como Rasta Blasta, Bloodsport Fairytale e, talvez o melhor arco da série, Roberta’s Blood Trail.

    Os personagens são um show à parte, com personalidade, qualidades e defeitos bem definidos, até mesmo Okajima Rokuro (Rock) e a Revy, que são os protagonistas, não são o foco o tempo inteiro. Mesmo assim, os arcos são sempre com os dois ou apenas um deles.  O desenvolvimento dos personagens é o foco mais importante, tendo ênfase a evolução do Rock como bandido e a relação entre Revy e ele. Os outros membros da Black Lagoon, o hacker Benny e o líder Dutch, são pouco explorados em relação ao casal protagonista. Outros personagens em destaque são a “freira” Eda e a ex-comandante do exército russo, Balalaika.

    

O traço de Rei Hiroe é belo e muitos vão achar sexualizado, pois sim, ele é. Só ver a protagonista, com poucas roupas o tempo todo – o que é uma das marcas registradas de Black Lagoon. 

    O traço do mangá é mais “sujo”, sendo às vezes uma poluição de imagens. A arte do anime é mais “suave”, porém perde o impacto de algumas cenas melhores descritas no mangá.

    O grande problema de Black Lagoon é realmente o hiato que Rei Hiroe colocou na obra. Ela ficou parada por muito tempo para o autor se dedicar a outros projetos como RE: Creators, por doença e outros motivos, o que fez a obra ser esquecida por muitos. Atualmente, ela voltou para as

comemorações de 20 anos da história, com material apenas para 12 volumes. O mangaká conseguiu reunir uma narrativa hollywoodiana com bons personagens e uma dinâmica ocidental, pena que muitos fãs se perderam pelo hiato gigantesco.

Finalizando, para quem gosta de uma ação desenfreada, tiros, bombas e bons clímax, talvez Black Lagoon seja uma boa pedida.
|Ah, antes que esqueça, o mangá saiu no Brasil pela Editora Panini, foram publicados 09 edições das 11 lançadas.


Até Breve!

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