MB Animações: Blue Period
Blue Period, chegou para nós em outubro de 2021 e trouxe a história de Yatora Yaguchi, que, entediado com a vida, sem saber o que será de seu futuro, fica tocado ao ver um quadro no clube de artes. Após isso, descobre que a Universidade de Artes de Tóquio, oferece bolsa para os alunos, então mergulha de cabeça para ter sua oportunidade.
Além de ser um anime sobre Arte, a principal função do anime é a inspiração. O que me trouxe à tona certos sentimentos, já que esta que vos escreve é formada em Artes Visuais. Yatora, além de sua jornada no crescimento artístico, como a maioria dos artistas em si, tem uma jornada acontecendo dentro dele, de inspiração e amadurecimento.
No mundo das artes, não é sobre quem é o melhor – e isso é falado no anime -, mas sobre quem se expressa melhor por meio de sua arte. É importante frisar, que os seres humanos possuem camadas e por meio da arte vimos muitas, como a arte de Maki, que apesar de ser bem sólida e, visivelmente, técnica. Ela representa a luta entre si, por causa de tudo o que passou. Ou a de Yuka, que constantemente também possui uma luta interior (e exterior) e com isso não consegue ser segura de si, o que também reflete em sua arte. Mas, no final das contas, mesmo com todas as dúvidas, Yatora, que apesar de não saber sobre técnica alguma, consegue se desenvolver além do esperado, por causa da sua convicção tão forte. Ainda sobre isso, é minha única crítica negativa, já que a evolução técnica dele passa dos limites. Mas entendo que isso é aquele famoso “poder do protagonismo”. E não posso esquecer de Mori, que além de ser o maior incentivo de Yatora, acaba fazendo o papel de mentora e constante inspiração para o garoto. Até nos momentos em que fica submerso, ela o ajuda a se reerguer. Mori, que tem suas inspirações em coisas religiosas, acaba trazendo essa mesma imagem a Yatora.
Blue Period, é aquele golpe no estômago, que pode nos trazer de volta à superfície e traz consigo uma nova perspectiva do que somos, do que podemos ser e do que desejamos nos tornar. Afinal, a força de que necessitamos para alcançar todos esses objetivos está dentro de nós e podemos alcançar sozinhos ou junto de quem estimamos.