MB HQ’s: Mulher- Hulk Marvel-Verse
Mulher-Hulk é uma verdadeira heroína. Não estou falando no sentido literal de histórias de heróis, mas já pensou conciliar trabalho e batalhas contra vilões?! Bem, esse é o espírito da personagem. A chegada de sua série em live action é uma grande adição ao MCU, além de propiciar a entrada de novos leitores às suas histórias. Dito isso, Mulher-Hulk chega entre nós com um compilado de histórias, em sua própria Marvel-Verse.
Mais uma Marvel-Verse, mais uma oportunidade de conhecer um pouco mais de uma personagem… ou nem tanto.
Idealizada por Stan Lee em 1980, Mulher-Hulk surge como mais uma criação de personagem que remete aos clássicos, compartilhando uma ligação de sangue com o Gigante Esmeralda.
Considero um problema a necessidade de conectar a criação de novos personagens aos antigos, mas em alguns casos dá certo. Miles Morales e Kamala são exemplos recentes disto, Mulher-Hulk conseguiu atribuir uma identidade à personagem.
Jennifer Walters assume a identidade de Mulher-Hulk após uma transfusão de sangue de seu primo, Bruce Banner.
Os medalhões da Marvel surgiram por volta de vinte anos antes. Sempre acompanhados pela distância entre herói e pessoa, ao mesmo tempo que ambos se modificam, são essencialmente complementares um ao outro. Mas Jennifer não se separa, a todo momento enxergamos a personagem conciliando vivendo como heroína e advogada. E olha que a personagem se origina do mesmo poder que é quase uma maldição para seu portador original.
A elogiada fase de John Byrne é muito importante nessa construção. E sinceramente, é de longe a história mais interessante dessa Marvel-Verse. Em apenas um número conhecemos muito da personagem, algo extremamente satisfatório. Temos uma estética, personalidade e um tom muito bons pra heroína, talvez por conta disso, todo resto parece perder um pouco da graça.
O título compila 5 números, mas apenas os dois primeiros são essencialmente da garota verde. Obviamente isso tem uma explicação, estamos falando de uma personagem que surgiu nos anos 80, já vivendo em uma época em que o universo Marvel é densamente ocupado. Isso reforça a sensação de que a personagem tem pouco a oferecer.
A Marvel-Verse continua cumprindo muito bem com a proposta dessa linha, mas diria que as histórias compiladas aqui não me entregaram muito da personagem. Não sei se a personagem tem pouco a oferecer no quesito histórias, ou simplesmente foram escolhas ruins. Quem sabe a série em live action ajude na popularização da personagem por aqui e traga alguns bons títulos na esteira de seu sucesso.