MB Review: “Tokyo Manji Revengers”.
Há alguns meses atrás, olhando a Amazon me deparei com a capa de um mangá aparentemente com um insight parecido com o de GTO, (Great Teacher Onizuka) e com um tempero de Erased,e lendo o primeiro volume por curiosidade, eu comecei a ficar cada vez mais preso na narrativa e devorar diversos capítulos, o que me fez perceber que essa era uma obra com ação e caos que cada vez ficava mais “suburbana e ocidental” com toda aquela bagunça que costumamos ver aqui, foi aí, meus amigos, que eu conheci: Os vingadores de Tokyo, ou melhor: “Tokyo Manji Revengers”.
Mas antes de tudo vamos começar pelo início: “Tokyo Manji Revengers” conta a história de Takemichi, um virgem desempregado de 26 anos que descobre que a garota que ele namorou durante o ensino médio morreu. Então, após um acidente, ele se encontra de volta ao passado, durante seus anos de escola. Ele agora promete mudar o futuro e salvar a garota, e para isso ele planeja subir até o topo da gangue de delinquentes mais brutal da região de Kantou.
Partindo para uma análise da história sem spoiler, vamos por alguns tópicos aqui:
A estética
A obra em si conta com uma questão estética muito bem feita. o Autor(a), “Ken Wakui”, tem um traçado agradável e bem característico e nas cenas de ação o mangá adquiri uma postura bem caótica, com foco na catarse dos personagens em momentos de euforia ou na questão física, com machucados muito bem detalhados.
A Narrativa
A história de Tokyo Revengers ao analisar somente pela sinopse se assimila ao padrão shounen que vemos em obras mais famosas como conquistar um posto único e que há princípio se apresenta impossível, por exemplo. Mas é aí que a gente se engana: numa olhada mais ampla e sem spoilers, a jornada de “Takemichi” está longe de ser por um posto grande agora que está no passado, mas sim porque só existe uma forma de mudar os acontecimentos no futuro, e isso precisa ser feito.
A série conta com um background narrativo admirável , em que assuntos como “Efeito Borboleta” e “Ação e Reação” são bem explorados e sempre imprevisíveis, e além de tudo a série não puxa só pro lado moral, ainda tem muita porradaria rolando, uma porradaria bem pé no chão, sem nada tão exagerado, o que dá um toque ainda mais underground e suburbano contribuindo para uma aproximação nossa como leitor (ainda mais do leitor brasileiro rs).
Por que está série deveria vir para o Brasil?
Tokyo revengers puxa pro lado caótico da adolescência no ensino médio. Brigas de gangues, lutas e até mesmo algumas mortes são bem construídas, tudo isso para por uma visão bem antagônica do Japão nas nossas cabeças, e com um protagonista que apesar do padrão shounen foge um pouco do lado bonzinho e age até que “um pouco manipulador” para fazer o que é preciso em seus objetivos. Mas não se preocupe, ele ainda tem o discurso no juts-, digo, ele ainda tem seus princípios, o que querendo ou não, é um diferencial no meio de tanta coisa inusitada. Um shounen mais real, sobre violência no ensino médio e suas motivações, contribui para uma aproximação do público brasileiro, se formos comparar no quesito sociocultural e sobre a educação em si.
Conclusão
Enfim, esse foi uns dos pontos subjetivos que Tokyo Manji Revengers me atraiu e me fez pensar que seria uma ótima obra a ser lançada no Brasil, pela sua temática, seus personagens e estética, tudo isso tem um apelo que faz a gente se sentir atraído. No fim é uma boa obra ,e quem sabe futuramente a gente não chega a ver ela por aqui?