MB Review: Erased #1: Erros e Recomeços
Acho que grande parte de nós já se imaginou consertando algum erro do passado ou agindo diferente em alguma situação e, bem, o doce amargo de certas decisões sempre nos acompanham e servem muitas vezes de aprendizado. Mas e se, por um momento, você conseguisse corrigir algum aspecto ou fazer algo diferente, como você agiria? No MB Review de hoje vamos falar sobre ‘apagar’ e consertar as coisas. Bem-vindos à análise do volume #1 do mangá “Erased“.
Lançado no Brasil em 2018 pela editora JBC, escrita e ilustrada por Kei Sanbe, a trama foca na vida de Satoru Fujinuma, um rapaz não muito amigo da sorte e que por isso vive sem muito entusiasmo. E nem mesmo um misterioso fenômeno que o faz voltar no tempo não consegue alterar isso. Porém, um dia, tudo muda… Um grande incidente faz a vida do jovem virar de cabeça para baixo. A morte da colega de classe, uma série de sequestros e assassinatos, um amigo que não conseguiu salvar, o verdadeiro criminoso… Em direção ao momento do incidente do passado, o agora do jovem começa a andar!
– A narrativa
Sendo o primeiro volume, a obra tenta familiarizar o leitor com o ambiente e com o que lhe aguarda, como por exemplo o estilo de vida e comportamento do protagonista, que com quase 30 anos é um amante de mangás e aspirante a autor (mangaká), mas que não consegue fazer tanto sucesso e precisa de outros meios para viver, sendo muitas vezes uma espécie de personagem desesperançoso e sem rumo, que corriqueiramente estamos acostumados a ver nesse tipo de obra.
Todavia, a princípio, parece que o personagem tem alguma ligação com a questão temporal e (especificamente) crimes ou acidentes, e que nesse primeiro volume é apresentado de forma até que interessante mas não tão explícita.
Algo interessante em se comentar é que a questão da viagem no tempo não é o foco, mas sim os efeitos dela, o que ela proporciona e ajuda na relação dos personagens com os conflitos que a obra vai apresentar. A viagem no tempo não necessariamente vai ter uma explicação, mas é mais um meio do que um fim.
Temos também a apresentação de outra personagem, que para uma direção sem spoiler, aparenta ser o gatilho para a trama principal que a obra tem a demonstrar, sua relação com a narrativa e os efeitos que isso pode trazer.
– Vale a pena?
Erased demonstra ser uma daquelas obras que nos fazem questionar e se colocar no lugar do personagem, e o que faríamos se o fôssemos. As decisões e mudanças são retratadas de forma sucinta, demonstrando que a trama tem algo muito importante a dizer futuramente.
O primeiro volume é bom, a narrativa se encaminha bem e termina em um clímax que manifesta o interesse para o próximo volume. Todavia, peca em deter o carisma para o personagem principal, que muitas vezes não mantém uma carga de importância (o que pode vir a mudar, posteriormente). No geral é uma boa obra, que consegue aplicar um ótimo suspense e clímax para o que está por vir, é válido a leitura.
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