MB Nacional: Dora, a diferença do estranho
Dora é a primeira Graphic Novel da Bianca Pinheiro (autora de Bear e também de Mônica: Força e Tesouro). Completamente diferente desses, que são voltados principalmente ao público infantil (o que não quer dizer que você não possa ler, muito pelo contrário, leia!), Dora é uma HQ de terror, mesmo a autora não gostando do gênero. Dora foi publicado inicialmente em 2014, independentemente através de uma campanha no Catarse, em 2016 foi publicado pela Editora Mino, e agora em 2021 publicado em e-book pela Editora Conrad.
Eu fiquei muito em dúvida do que usar como sinopse, se o texto da orelha ou o da quarta capa, mas decidi pelo o mais diferente:
Sinopse: — minha senhora, sua filha matou quinze pessoas.
— minha filha não matou ninguém!
— e ainda assim… quinze pessoas estão mortas.
A HQ Dora começa com a mãe de Dora e um policial em um interrogatório, onde temos a conversa da sinopse acima. Ele deseja entender quem é Dora e o porque dessas coisas em volta dela, então pede para que a mãe explique como foi viver com a Dora.
Dora é uma menina especial, não do jeito em que todas as mães dizem que seus filhos são especiais, mas sim que ela nunca chorou, nem ao nascer, e nem falou, sempre se comunicou pelo olhar. Quando precisava de alguma coisa, quem cuidava dela sabia, mas as babás não ficavam muito tempo no serviço, sempre pediam para sair porque Dora não era como as outras crianças, ele é super especial.
Na festa de 1 ano, temos o que o detetive chama de primeira morte. Imagina todos em volta do bolo, e na hora do parabéns, todas as crianças começam a chorar, exceto nossa protagonista. Nisso o fogo das três velinhas aumentaram e queimaram a casa toda. Nisso o menino João foi queimado, e não sobreviveu, mas as nossas protagonistas não tiveram nenhum problema.
Já dá para ter uma ideia de como é a história de Dora. Depois ainda temos alguns problemas com vizinhos, na escola, ou mesmo com eletrônicos. Mas, lembrem-se, Dora sempre foi uma garota especial, e ela não fez nada. Além disso, as pessoas são más.
Toda a HQ é contata pela mãe, do ponto de vista dela, e o seu final parece abrupto, mas fecha com chave de ouro essa primeira Graphic Novel da Bianca. Caso queiram conhecer esse “lado dark” da autora, recomendo fortemente irem atrás de Dora.
Como eu disse no início da resenha, já tivemos 3 edições de Dora lançadas. A minha edição é a da Mino, mas a própria autora, no posfácio, avisa que a história é a mesma, com uma pequena mexida no texto, que creio que seja a mesma publicação da Conrad.
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