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MB Movies: Nobody (2021)

“Quando Deus fecha uma porta ele abre outra… Por favor Deus, abra essa porta.”

Nobody (em português, o nome nacional ficou como Anônimo), o novo filme de ação do criador da franquia John Wick, traz no elenco as estrelas: Bob Odenkirk (Saul Goodman, de Better Call Saul), Christopher Lloyd (Dr. Emmett Doc Brown, na trilogia De Volta para o Futuro), Connie Nielsen (Lucila, em Gladiador e como Hipólita, no Universo estendido DC) e com direção do Russo Ilya Naishuller do frenético Hardcore Henry de 2015. 


Em Nobody, acompanhamos a vida de Hutch Mansell, um pai suburbano, um vizinho comum – aparentemente um “zé ninguém”. Quando dois ladrões invadem a sua casa uma noite, a raiva desconhecida e latente de Hutch é acesa e o impulsiona em um caminho brutal que irá revelar segredos sombrios que ele lutou para deixar para trás.

Nobody é o tipo de filme que irá agradar, principalmente, dois tipos de públicos: Os fãs da franquia John Wick e os apaixonados pelos filmes de ação do Sylvester Stallone, Chuck Norris, Arnold Schwarzenegger e entre outros brucutus do cinema dos anos 80. Mas a pergunta que fica é: Nobody é uma cópia de John Wick? A resposta é NÃO! 

Mesmo tendo sido escrito pela mesma pessoa responsável pela franquia John Wick, aqui o roteirista americano Derek Kolstad nos entrega um thriller sólido com bastante imponência que vai sendo trabalhado/moldado cada vez mais ao avançar do longa. Considero até um avanço de sua escrita como roteirista comparado ao terceiro John Wick, que está longe de ser ruim, porém eu particularmente prefiro os dois filmes anteriores da saga do senhor Wick. 

Nobody também possui cenas de ação deslumbrantes, de cair o queixo que são, tão incríveis quanto às de John Wick. Com bastante tiro, porrada e bomba, aqui a pancadaria é mais “suja”, puxado bem mais para o realismo, diferente de John Wick onde temos o personagem do Keanu Reeves praticamente como um super ser que quase ninguém consegue ser uma grande ameaça para ele – e que nos deixaria em dúvida se o inimigo conseguirá sobreviver ou não. Já em Nobody a pegada é outra, e isso é um dos pontos que faz esse filme ser bem diferente do filme protagonizado pelo senhor Reeves. A própria cena do ônibus que está presente no trailer de Nobody é um ótimo exemplo disso que comentei, vejam essa cena para sentir a vibe que o filme carrega!

Falando nas cenas de ação, vale mencionar que o protagonista do filme, o ator Bob Odenkirk, até onde me lembro, está em seu primeiro papel como um cara porradeiro. Até então ele fez mais filmes de drama e comédia, e aqui ele está fantástico como Hutch Mansell. O senhor Odenkirk treinou arduamente para o papel e os resultados de seu treinamento pesado podemos ver em tela. Se eu não o conhecesse de seus trabalhos anteriores, diria até que ele é um experiente artista marcial. Outro ponto que é impressionante em Nobody é sua duração, de apenas 1 hora e 31 minutos, que consegue com grande êxito contar a sua história e ainda contar com várias cenas de ação intensas que, de forma alguma, parecem corridas ou desinteressantes. Porém, ele contém a sua parcela de cenas clichês que já é esperado para esse tipo de filme, mas é perdoável graças ao seu elenco extremamente simpático e com bastante química. Outra coisa que contribui para certas cenas clichês continuarem empolgantes, além da sua ótima direção do Russo Ilya Naishuller, é a escolha perfeita da trilha sonora que vai desde Nina Simone a Louis Armstrong!

Nobody, ou Anônimo, foi surpreendentemente uma grata surpresa do gênero de ação que só podia mesmo ter sido escrito pelo brilhante criador da franquia John Wick, e ainda conta com uma direção bastante criativa do senhor Naishuller e um elenco de peso que acaba nos entregando um excelente filme – quiçá o melhor filme de ação de 2021! Caso não tenham conferido ainda Nobody (Anônimo), façam um favor a si mesmos, assistam a esse filme e não deixem que ele caia no anonimato!

Disponível na AppleTV, Locke e Google Filmes. 

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