MB Review: A Floresta vols. 1 e 2

Em 2013, mais de 500 pessoas desapareceram misteriosamente junto ao prédio de uma escola no interior dos EUA. São transportados para um lugar inóspito e cheio de mistérios e perigos. Acompanhe a nossa resenha de A Floresta da editora Devir.

Quando falamos de comics logo lembramos de Marvel e DC. Quando acompanhamos mais de perto o mercado, citamos ainda a Image. Mas há outras pequenas editoras importantes que fazem histórias interessantes, como a BOOM!. Hoje falaremos dos primeiros volumes de A Floresta.

Escrita por James Tynion IV, famoso por obras como Alguma Coisa está Matando as Crianças e Department of Truth, a obra aqui no Brasil está sob a tutela da Editora Devir. Conta com a arte de Michael Dialynas, conhecido por suas artes nas revistas atuais das Tartarugas Ninjas.

A história gira em torno de um colégio misteriosamente transportado para uma terra desconhecida e hostil. Os estudantes precisam lidar com o desconhecido e apenas um dos colegiais consegue ver o que está acontecendo, fazendo-o seguir misteriosas setas acompanhado de seus colegas. Qual é o mistério por trás desta terra e por que a escola foi mandada para lá?

Os dois primeiros volumes, Setas e Enxame, mantêm um clima de mistério, mas sem grandes revelações. A história é focada na apresentação da terra inóspita, onde os jovens foram enviados, e seus conflitos para compreender o que acontece. Lembra muito a narrativa de Paper Girls, sem revelar muito ao leitor o que realmente está acontecendo, mas com um bom desenvolvimento de personagens, principalmente no segundo encadernado.

O traço é bem característico, seguindo cores trash dos anos 80. Se ganhamos com paisagens bem feitas, perdemos com personagens, quase todos com o mesmo rosto, o que não agrada muita gente.

A edição da Devir ficou bem feita, contando com papel couché e capa cartão. Infelizmente, esse foi um dos títulos que sofreram com a mudança editorial, tendo de passar para uma versão 2×1 no meio do projeto. A tradução é boa e não causa transtornos ao leitor.

A Floresta é um bom título juvenil com temas atuais e leitura dinâmica, pecando apenas em sua história principal. Apesar de bem contada, é genérica e com muitos mistérios em aberto nos dois primeiros encadernados, atrapalhando em seu desenvolvimento. Veremos como a HQ evoluirá nos próximos volumes.

Agradecemos a editora Devir pelo envio do material digital para análise.

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