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MB Especial: Heartstopper (2022)

Após fazer sucesso na plataforma Tapas e ser publicado em inúmeros países, Heartstopper, de Alice Oseman, ganhou uma adaptação para a TV pela Netflix.

Heartstopper conta a história de Nick e Charlie, dois garotos que ao dividirem a mesa na escola, começam uma história de amor. A série é publicada no Brasil pela Editora Seguinte e já possui reviews dos três volumes aqui na MB, caso queiram conferir.

A série tem Joe Locke como Charlie Spring e Kit Connor como Charlie Nelson, e mostram que foram ótimas escolhas, já que, além de parecerem muito com os meninos do quadrinho, possuem uma química incrível. O restante do elenco é fantástico, ainda mais porque conta com muita representatividade, o que em algumas séries para o público LGBTQIA+ falta muito.

Devo dizer que fiquei bastante surpresa e feliz com a repercussão da série, pois, como uma pessoa da comunidade LGBTQIA+, na minha época não existiam tantas mídias e conteúdos que simplesmente nos mostrassem sendo pessoas e vivendo nosso dia a dia. Há uma tendência (até hoje em dia) de se personificar e algumas vezes fetichizar pessoas da comunidade, quando na vida real, em sua maioria, não é assim.

Além de todo o elenco, Heartstopper acerta muito em representar essa mesma comunidade, tendo em vista que temos quase todas as siglas ali existentes e é uma coisa que novamente é difícil de se encontrar. Nesse ponto a autora, Alice Oseman, acerta demais e principalmente com os personagens ace, já que muitas vezes as pessoas tem a imagem de ser algo como celibato, ou algo assim, quando simplesmente não tem absolutamente nada a ver. Também fiquei muito mega feliz com Elle, que é interpretada por  Yasmin Finney, uma garota trans, que entregou tudo de si. E, apesar de ter poucas aparições na HQ (em comparação com a série), entregou o faz de forma linda e me fez amar a personagem.

Heartstopper é uma série sobre amor adolescente e descobertas. Não é preciso ter pressa para se descobrir, nem ceder algumas coisas só por conta de seus amigos. Cada pessoa tem seu tempo e independente do que seja, devemos respeitar e principalmente nos amar do jeito que somos.

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