MB Literário: Fate/Zero vol.1

Publicada pela NewPOP entre 2015 e 2017, Fate Zero, de Gen Urobuchi, foi uma importante adição ao catálogo de light novels disponíveis no Brasil. A obra apresenta os eventos passados na Quarta Guerra do Santo Graal. Situada antes dos acontecimentos de Fate Stay Night, nome tão conhecido dentre os fãs de obras japonesas e que elencaria os nomes por trás desse universo. Ainda que a obra funcione como prequel, nos apresenta uma abordagem bem diferente em comparação a obra principal.

A edição conta com formato 10,6 x 14,8 cm, capa cartão com brochura, miolo em avena e preço de capa em 24,90.

Fate Stay Night, Fate Zero e outros. Esse conjunto de obras tende a assustar qualquer leitor ou espectador desavisado, mas se cabe a mim escolher uma como introdução a esse universo, Fate Zero seria a minha opção, em especial, a novel publicada pela NewPOP. 

O primeiro volume serve para introduzir os personagens. Nele podemos compreender os motivos da batalha, seja do ponto de vista de seus personagens ou do próprio universo. 

Vale dizer que essa disputa é aceita por todos aqueles que lutam nela, ou pelo menos aqueles que sabem de sua existência. Isso pode ser percebido através dos representantes e instituições que a viabilizam. 

As regras e instituições justificam o desconhecimento da dimensão mágica neste mundo, que não é muito diferente do nosso do social e históricamente. Esses elementos trazem uma boa experiência literária para os apaixonados por universos bem construídos, porém, apresentados a partir de muita descrição, tornando a leitura lenta, e por vezes… tediosa.

Percebam que pouco me expressei sobre os personagens, que também recebem uma atenção especial nesse primeiro volume. É válido apontar que Fate Zero tem por definição quatorze personagens no centro de seus embates, sendo que metade deles servos e a outra metade mestres. Todos esses personagens são acompanhados por ideais e histórias diferentes. 

O destaque neste volume vai para os personagens; Emiya Kiritsugu, Tokiomi Tohsaka, Kotomine Kirei e Waver Velvet. Suas interações com os servos e outros mestres mantém o interesse sobre o desenrolar da história.

Emiya Kiritsugu é o personagem central da obra, ainda que a narrativa siga sempre mudando de perspectiva. Esse primeiro volume é carregado de informação, o que considero um ponto positivo, ainda que a Guerra propriamente dita não tenha sequer iniciado. Somos arrebatados por seus personagens e seus motivos, que vão desde o mais nobre até o mais fútil.

 Por fim, após a invocação de seus respectivos mestres, temos algumas interações com os servos, sendo que nem todos os servos revelam seus nomes por conta da exposição de suas fraquezas. Essa interação precede a chegada de batalhas cheias de ideais e muita magia, ainda que para chegar nesse ponto tenhamos de passar por uma grande, e por vezes tediosa, introdução. 

O posfácio é instrutivo e ajuda a entender um pouco como Fate é bem consolidado no Japão.

Gen Urobuchi, o autor de Fate Zero também é um influente diretor. Foi responsável pela direção das adaptações animadas de Fate Zero e Madoka Magica, ambos lançados em light novel no Brasil pela NewPOP.

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