MB Review: Ageha
Ageha é um mangá que sai do nada e vai para lugar nenhum. Mas o humor nonsense e personagens bizarros tornam a obra divertida. Uma coleção curta e fácil de encontrar que vai agradar aqueles com gosto para o humor absurdo.
Me lembro bem de ver Ageha nas bancas de jornais no início de 2015. Nunca entendi muito bem do que se tratava, apesar de ter um efeito borboleta como subtítulo. Na época, por encontrar comentários na internet que o descreviam como confuso, acabei deixando de lado sua leitura. Mais de sete anos depois, trago a resenha dessa obra para vocês.
Foi publicado originalmente entre abril de 2012 e junho de 2013, na revista Young King Ours, da editora Shonen Gahosha e compilado em 2 volumes. Ageha é criação de Koushi Rikudou, cujo maior sucesso foi Excel Saga, com 27 volumes publicados e uma adaptação para anime muito divertida.
A história gira em torno de um casal de amigos, Motoki Tateha e Ageha Nami, amigos desde a infância. Começam a namorar e quando finalmente podem desfrutar de uma relação sexual, a suposta irmã mais velha de Ageha aparece e atrapalha tudo. Como se não bastasse, Ageha morre de forma súbita. A irmã, uma espécie de deusa em seu mundo, explica que Motoki está dentro de um looping, e toda vez que ele e a namorada tentarem chegar ao ato, Ageha morrerá e o mundo será reiniciado a partir de um determinado ponto. Cabe ao protagonista entender o funcionamento do sistema e evitar que Ageha morra.
Parece confuso? Pois é. Temos de fato um efeito borboleta dentro da obra, porém, muitas vezes não temos certeza se esse looping é sonho ou realidade. A arte às vezes também é bem confusa. Mas preciso admitir que me diverti lendo o mangá, já que a comédia aqui é nonsense e absurda. Isso pode ser um impeditivo para alguns leitores, mas sempre curti obras do gênero. É válido lembrar que a história conta com elementos ecchi. Encontramos referências a filmes e outros mangás, elementos antes utilizados em Excel Saga. As situações em que as mortes ocorrem, as expressões dos personagens, tudo é muito divertido. Se você quer rir e gosta de um humor pra lá de absurdo, pode ser uma boa pedida.