MB Review: Sessenta primaveras no inverno

No dia de seu aniversário, a família de Josy preparou um bolo para celebrar mais um ano desse membro tão importante na família. Porém, diferente do que aparenta a celebração, a mulher não sente vontade de comemorar mais um ano vivendo da mesma forma. Josy está completando 60 anos e está pronta para uma nova jornada! De malas prontas, ela entra em sua kombi e sai em busca de sua própria vida.

Ela deseja comemorar, mas não mais um ano de vida e sim o primeiro dia de uma nova vida. Uma vida que seja dela e que não gire em torno de um marido a quem não ama e filhos que já estão bem crescidos e mais que prontos para cuidarem de suas próprias vidas.

Chocados com a decisão de sua mãe, os filhos de Josy não demoram a apontar dedos e rejeitar as vontades dela em prol da volta a sua “normalidade” que tanto a machucava sem que eles soubessem.

“Sessenta primaveras no inverno” traz a história de libertação de uma mulher em seus 60 anos rompendo suas correntes em busca da felicidade. A protagonista conhece pessoas que a acolhem apesar de sua situação e que logo se tornam queridas por ela. Pessoas que passaram por momentos semelhantes e que apoiam sua vontade de viver uma nova vida.

Uma HQ cheia de emoção sobre mudanças, libertação, cotidiano e sexualidade. Sobre acolher e ser acolhido, se aceitar e lutar por isso. A história é sensível e comovente. Uma obra madura e repleta de profundidade. A arte de Aimée Jongh complementou maravilhosamente a história de Ingrid Chabbert, que com suas cores evocou um sentimento de introspecção e transformação ao leitor. 

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