MB Review: A Bruxa Noturna #2

A Bruxa Maya continua as suas descobertas e reflexão do mundo. Como ela está se saindo com a realidade atual e os problemas dessa vida moderna? Confira a análise de A Bruxa Noturna volume 2, da editora Mythos.

As duas amigas Maya e Mameyama continuam a fazer companhia uma para a outra. E as reflexões das duas sobre a vida moderna continuam como a pauta principal. Mas é interessante para nós, brasileiros, ver o ponto de vista cultural japonês que é totalmente conservador em relação ao nosso. Isso é nitidamente descrito quando uma nova vizinha se muda para o prédio de Maya.

Essa vizinha é bastante barulhenta e logo nos primeiros dias ela leva um homem à sua casa. É bom ver a reação da Bruxa em relação a sua vizinha. Ela não sabe lidar com o que lhe incomoda e com o fato da vizinha levar um homem a sua casa. Mameyama, mesmo como uma ouvinte, também não sabe lidar com o problema, pois ela é tão antissocial quanto a amiga.

Isso nos é mostrado num capítulo que aparece a gata da mangaká.  A gata tenta entender a relação dela com uma caixa falante, mas percebe que sua dona melhora o humor ao falar com ela. As aventuras das duas amigas continuam assim, uma dando suporte a outra, ao entregar um mangá ou limpar a casa, sem muitas reviravoltas, apenas uma simples reflexão dos desejos e ansiedades delas.

O mangá segue na narrativa e evolui do mesmo modo do primeiro volume. Não espere uma reviravolta ou algum acontecimento importante. Ele é um slice of life, ou seja, mesmo que com um tom mais leve e com humor, ele mostra o dia a dia de duas pessoas, com seus desafios e desventuras. 

O segundo volume de A Bruxa Noturna é uma leitura gostosa sem grandes surpresas e com algumas situações em que a gente acaba se identificando. Destaque para as diferenças de comportamento entre os japoneses e os brasileiros.

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