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MB Review: Buda #2

Com um tom mais introspectivo e provações individuais, Buda mostra a um Sidarta que deve amadurecer em meio aos desafios da vida e reflexões sobre a morte. Nos acompanhe em Buda #2.

O segundo volume de Buda nos transporta para dez anos depois dos fatos passados no anterior. Nomes como Chapra e Buda já foram esquecidos e agora acompanhamos Sidarta e suas lições sobre o mundo. Conhecemos sua vida suntuosa, como funciona o sistema  de castas e os mitos que a sustenta. Ao mesmo tempo que desfruta do luxo proveniente deste sistema, Sidarta se questiona sobre o mundo em que vive e a ordem existente. Seu pensamento também reflete muito sobre a morte, algo que se torna uma obsessão para ele. Interessante perceber que seus questionamentos são muitos dos questionamentos feitos por leitores da atualidade.

Cobrado para se tornar um guerreiro, inicia seus treinos com Bandaka. Contudo, descobre que sua vida não deve ser dedicada às artes marciais, mas a levar um ensinamento para as pessoas. É neste momento também que Sidarta aprende a meditar, podendo viver o que outros animais vivem. Por meio deste relato da vida de Buda, Tezuka nos mostra o significado da empatia.

Em seguida, com saltos temporais na histórias, a narrativa pula cinco anos à frente e nos apresenta um Sidarta rebelde que, com a ajuda de Tatta, foge do castelo, conhece Miguela e passa a conhecer a vida das castas mais baixas. Sidarta se vê obrigado a se casar com a princesa Yasodara, mas antes deve passar por um ritual onde enfrentará todos os pretendentes da princesa. Grata surpresa temos ao ver Bandaka retornar para enfrentar ao príncipe e Miguela participando disfarçada da disputa para ganhar a mão de Sidarta.

Longe do núcleo real da novela, Tatta torna-se líder de um bando de ladrões e Miguela foge com uma sâmana em busca de seu líder, Naradata, para conhecer uma nova filosofia que prega o fim das castas e o apreço a vida de todo ser vivo. Enquanto isso, o povoado de Sidarta sofre com as enchentes e a fome, cabendo ao novo monarca se sacrificar pelo bem de todos. Somente Sidarta em sua busca por iluminação pode salvar seu povo.

O segundo volume de Buda mostra uma melhora na obra. Com diálogos mais maduros sem perder o tom de suas piadas, Tezuka faz uma descrição linda sobre a vida de Sidarta.

A edição da @editorajbc manteve o desenho padrão neste segundo volume, construindo uma arte do próprio autor. A edição big e sua periodicidade ajudam a que não fiquemos com muito tempo de espera para a conclusão da história.

Espero ansioso pelos próximos volumes!!!

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