MB Review: Gachiakuta #1

Gachiakuta é um shounen bastante promissor devido ao seu estilo artístico único, personagens intrigantes e mundo interessante. É uma aposta da editora Panini, que trouxe um mangá diferente dentro do contexto “mais do mesmo”.

Com arte e roteiro de Kei Urana, Gachiakuta é publicado desde fevereiro de 2022 na revista Weekly Shounen Magazine e atualmente conta com 10 volumes publicados.

A história acompanha Rudo, que vive em uma espécie de gueto habitado pelos descendentes de criminosos, passando seus dias recolhendo o lixo descartado pela parte rica da cidade. Além disso, o garoto é discriminado até mesmo pelos outros habitantes do local devido ao seu estilo de vida e a uma misteriosa doença em suas mãos. Um dia, Rudo é acusado de um crime que não cometeu e é jogado no “abismo”, um lugar até então desconhecido e misterioso. Lá, ele conhece Enjin, que o ensinará sobre o mundo em que vivem.

Quando descobri a existência deste mangá, antes mesmo de ser publicado no Brasil, fui imediatamente atraído pelo trabalho artístico. Os traços são marcantes e distintos. As roupas, as armas, o design dos personagens…tudo é muito cativante. A autora também utiliza ângulos muito interessantes. Ela trabalhou como assistente de Atsushi Ohkubo, autor de Soul Eater e Fire Force, e isso se reflete em sua arte. Neste volume inicial, a história se mostra muito promissora, abordando temas como pobreza, desperdício e discriminação de forma pontual, o que pode não ser explorado a fundo, dada a demografia de Gachiakuta, mas ainda é interessante.

A leitura flui muito bem, e a mangaká sabe dosar o ritmo e introduzir elementos que despertam a curiosidade do leitor. A quadrinização é muito bem feita. Apesar de ser um shounen bastante interessante, algumas coisas ainda me incomodam, mas acredito ser mais uma questão pessoal do que um defeito do mangá em si. Como leitor de mangá há muitos anos, alguns clichês comuns em obras desse tipo já me incomodam um pouco. No entanto, reitero que isso é mais uma questão pessoal do que um problema com a obra em si.

No geral, vale a pena dar uma chance a Gachiakuta. Não posso garantir se a qualidade se manterá, mas sinceramente, espero que sim. É uma história que me surpreendeu, e a arte é um verdadeiro show à parte. Provavelmente, irei colecionar.

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