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MB Classic: Black Cat

Voltando aos anos 2000!  Ah, anos 2000, que nos trouxe tanta coisa boa, Death Note, D. Gray Man, auge de Naruto, Bleach… Os mangás no Brasil começaram a pegar força e popularidade. No Japão, um determinado mangaká estava dando seus primeiros passos na revista mais popular de mangás no país, após o fracasso de sua primeira serialização. Mal sabíamos que ele se tornaria um dos mangakás mais populares, emendando um sucesso atrás do outro. Neste MB Classic falaremos do primeiro sucesso de Kentarou Yabuki, Black Cat!

“Há alguma coisa que quero proteger

Que nunca, nunca mais eu quero perder

O sonho mais frágil que qualquer outro ecoa

Mais forte que qualquer um, com este ritmo”

Tradução de Daia no Hana, Abertura do anime de Black Cat por Yoriko.

Kentarou Yabuki ficou mais famoso por sua obra que muitos amam ou odeiam e que já teve parte dela publicada no Brasil, To Love Ru (“parte” porque To Love Ru tem uma continuação chamada To Love Ru Darkness). Porém, antes dele publicar essa obra apelativa de Harém, Kentarou teve uma passagem bem sucedida com uma obra de ação que é bem famosa aqui. 

Black Cat foi publicado de Julho de 2000 a Junho de 2004, totalizando 20 volumes. Ela começou muito bem, mas foi perdendo seu fôlego até ser encerrada com 187 capítulos. A obra não foi terminada e sim encerrada, portanto o seu final, já aviso, é extremamente corrido.

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Mesmo tendo isso como contra, a história contém bons personagens e uma ótima ação, o que levou a um caso bem raro no Japão: Ganhar um anime após o seu encerramento. Essa animação foi ao ar entre 2005 a 2006 totalizando 24 episódios cobrindo todo o mangá produzido pelo estúdios Gonz, e anime este que passou na extinta Animax Brasil em 2009.

Black Cat tem como protagonista Train Heartnet, o assassino mais letal da organização Chronos, que interfere em interesse próprio para “manter o equilíbrio do mundo”. Os assassinos desta organização são conhecidos por terem uma numeração romana tatuada em alguma parte do corpo e uma arma especial. Train tem a numeração XIII e por isso é conhecido como Black Cat. Porém, Train não está convicto na filosofia da Chronos e resolve largar tudo para viver como um “Caçador de recompensas” após um evento que abalará o seu modo de viver e pensar. 

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Black Cat tem um início surpreendente, a história da motivação da mudança do protagonista é muito bem detalhada com um bom clímax. É impossível você não se apegar ao Train Heartnet e as primeiras sagas são interessantes e cheias de ação e mistério até a parte final. Ai que a história desanda… O que é triste, porque há um excelente desenvolvimento até ali, o que me pergunto: o quanto um encerramento precoce faz mal a uma obra mediana para boa?

A resposta para o caso de Black Cat é simples: Muito mal. A história fica corrida a ponto de terminar e o leitor fica sem entender um monte de “pontas abertas” deixadas pelo autor, personagens sem desfecho, e o pior, arco sem um final satisfatório. O que é lamentável para uma obra com potencial, porém desgastada pelo tempo.

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Os personagens são fantásticos! Saudades do Train, Sven e a Eve (tem um Easter Egg deles em To Love Ru, mas não vou me estender mais) os vilões e os personagens de suporte são exóticos e bem trabalhados, qualidades que Kentarou Yabuki levou para suas futuras obras.

O traço é algo bem característico do autor, os personagens com um ar sombrio e garotinhas fofas, o que não é algo ruim, mas não é uma arte que agrade a todos. Já o design do anime deu uma suavizada, tendo características de animações, cores e traços bem dos anos 2000. Outro detalhe bem interessante é que os nomes dos episódios do anime sempre tem a palavra Gato.

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Black Cat não é genial nem imprescindível, mas é uma obra gostosa de se ler e assistir de um mangaká que se tornará famoso com obras como To Love Ru e Ayakashi Triangle, sendo uma “figurinha” sempre constante nas páginas de uma das principais revistas japonesas.

Caso você queira assistir a série, ela está disponível na plataforma de animes Funimation, somente legendado com áudio original. Infelizmente, sem a dublagem brasileira. 

Até mais!

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