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Fruits Basket: Mangá X Anime 2019 X Anime 2001

Carinhosamente apelidado por mim de “Basquete das Frutas”, Fruits Basket ou simplesmente Furuba, voltou com tudo nesta temporada de anime. Com uma equipe totalmente diferente da versão de 2001 e um Character Designer repaginado que deu o que falar, será que 18 anos depois, teremos uma serie ainda mais fiel ao mangá? Ao longo do texto, farei algumas comparações.

No mangá, Tohru tem uma barraca bem pomposa. Na versão 2019, voltou a ser um lugar mais digno de se morar… pois na versão 2001… pobre menina.

De Natsuki Takaya (também autora de Twinkle Stars, Liselotte & Witch’s Forest, Tsubasa: Those with Wings) Fruits Basket foi publicado na revista Hana to Yume no ano de 1998 a 2006, Totalizando 23 volumes. O enredo gira em torno de Tohru Honda, que após perder sua mãe em um terrível acidente, acaba indo morar em uma barraca em meio as montanhas, sem saber que as terras onde está alojada pertencem a família Souma. Após encontrar uma casa próxima de sua “moradia”, a jovem conhece Yuki Souma e Shigure Souma, e eventualmente descobre um cabuloso segredo: 13 membros da família Souma estão amaldiçoados, e se transformam em animais do horóscopo chinês sempre que são abraçados por alguém do sexo oposto. Tohru começa a morar na residência dos rapazes e promete não contar o segredo pra ninguém.

Primeira aparição da protagonista. O Studio Deen (Urusei Yatsura, Ranma ½, Maison Ikkoku), responsável pela primeira adaptação animada, fez um ótimo trabalho mantendo a qualidade do produto original. Com a direção do aclamado Akitaro Daichi (Kamisama Hajimemashita, Shinkou Kuromi-san, Bokura Ga Ita), o anime de 2001 tomou diversas liberdades narrativas, mudando alguns ângulos, adicionando alguns acontecimentos e principalmente, exagerando na dose comédia, que é a especialidade deste diretor. Nada que se distanciasse muito do mangá.

O novo visual do menino de ouro, Yuki Souma, foi motivo de muita reclamação entre os fãs, se distanciando do designer original a ponto de parecer um personagem totalmente diferente.
Fruits Basket 2019 é uma produção do veterano TMS (D.Grayman, Itazura na kiss, Dr.Stone) e por sua vez, promete ser mais fiel aos seguimentos do mangá, incluindo o final fechado. Com a direção de Yoshihide Ibata (FLCL Progressive, Pikaia!!, Hennako-chan), A nova versão mantêm a sanidade original da comédia, sem os momentos de pura loucura dos personagens, agora tudo voltou a ser um pouco mais estoico, assim como no mangá.

Motoko Minagawa está como líder do fã clube Príncipe Yuki, e a divertida e bizarra dança “Love”, não está mais presente… infelizmente.


Saki Hanajima bota um pouco menos de medo na versão 2019, mas mantém suas terríveis ondas *CENSURADO*


Kyou Souma também sofreu alterações, mais desta vez, foi mais elogiado do que criticado.


Na versão 2019, a cena da folha não tem o mesmo foco presente no mangá e no primeiro anime, apesar de que… no de 2001 a transição é tão rápida que mal deu pra tirar um print… *suspiro*

Como 18 anos em um anime fazem muita diferença, a qualidade visual deu um salto gigantesco. Uma quantidade maior de FPS faz com que tudo seja mais leve, os efeitos de brilho e cores se diferem muito da versão 2001, deixando tudo mais vivo, a ponto de incomodar olhos sensíveis (meu caso), além de ter uma ambientação modernizada por conta de quase duas décadas de diferença.

Yuki em forma de “menino mau” retorna cheio de estilo, dessa vez com uma cena um pouco mais parecida com a do mangá.

Tanto Tohru quanto o leitor/telespectador ficam surpresos ao ver Kyou transformado em gato pela primeira vez.

O character designer é realmente bonito, e se adéqua a estética atual dos animes, mas infelizmente, perde boa parte do carisma original


E aqui, temos uma das cenas mais famosas, que ficou cheia de charme em Fruits Basket 2019.


Outra esperada mudança é o elenco de voz original, totalmente diferente da primeira versão. Sinto falta de Hisakawa Aya como Yuki, a voz de menina era muito fofa.

Enquanto a direção de áudio… bem, é impossível comparar da mesma forma. Talvez seja pelo sentimento de nostalgia, que muitas vezes acaba sendo uma armadilha… mas as novas músicas de cena não parecem se encaixar tão bem quanto no primeiro.

No fim das contas, temos uma maravilhosa adaptação que mistura cenas originais do primeiro anime com seguimentos do mangá, além de fazer adições exclusivas desta versão, que ajudam a construir uma narrativa satisfatória.

Lembrando que além do retorno de Furuba em versão animada, também teremos o relançamento do mangá em formato Aizouban pela JBC. Vai ser um ano cheio mimos para os fãs da franquia.

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