MB Review: Log Horizon (Mangá)

Para os fãs de mangás, nada melhor que a liberdade da narrativa. A liberdade de escrever o que faz sucesso, de começar e terminar a obra como bem deseja. Às vezes, a falácia ou a “adoração” sobre um estilo de quadrinho faz os fãs ignorarem obras que não tem esse intuito nobre. E vamos falar de uma dessas obras hoje.

Log Horizon é um título de sucesso, desde sua novel que está no seu 11 volume, seus spin-off, sua animação, todos com relevante sucesso dentro e fora do Japão. Porém, sua versão mangá… tem sérios problemas e é dela que vamos falar hoje.

“O jogo Elder Tales, um dos mais antigos MMORPG em atividade, devido a um problema não identificado, deixa cerca de 30.000 jogadores presos no jogo após sua última atualização. Um lugar que outrora era um passatempo passou a virar um pesadelo para seus jogadores. Nesta agonia, conhecemos um mago chamado Shiroe, conhecido como um grande estrategista, que se nega a aceitar a realidade imposta, lutando para transformar o jogo em um lugar mais parecido com uma sociedade”.

A história é super conhecida para os fãs de isekai e animes baseados em videogames, mas o mangá começa a apresentar seus problemas logo aí.

Log Horizon não se trata de um mangá de batalhas, ele é bem detalhista em mostrar a situação e demora bastante para ter algum tipo de ação. Na verdade, demora demais, por que o intuito principal não é esse, ele não é um shounen battle e sim um adventure. Então, o ponto alto da obra é como eles resolvem determinadas situações sem necessariamente partir para a ação desenfreada.

Esse ponto acaba desagradando algumas pessoas que preferem obras como Slime, Re:Zero, Overlord e até Sword Art Online, onde a ação é um fator em destaque.

O mangá de Log Horizon simplesmente ignora esse ponto da obra e parte direto para ação, ignorando toda a introdução e partindo para um arco mais agitado, que é o Resgate em Susukino.

Serara é uma membro de baixo nível da Guilda da Aliança da Lua Crescente, que foi a Susukino aumentar o seu level, porém, com os eventos que prenderam os jogadores em Elder Tales, ela não consegue voltar a Akiba pelos portais de teletransporte, já que eles não existem mais. Então cabe a Shiroe e seus amigos resgatar a jovem jogadora numa cidade que não tem leis.

Essa saga mostra Shirou, Naotsugu e Akatsuki enfrentando os perigos da viagem de Akiba a Susukino, com leves flashback contando a introdução cortada da novel, mas de forma bem aleatória. Ao chegar na cidade, somos apresentados ao protetor da Serara, Nyatan, um gato espadachim que é essencial para a obra e ao vilão dessa saga, o monge assassino Demikas.

O que falar de um mangá de um só volume que foi cancelado no seu país de origem? Log Horizon tem falhas graves de narrativa por tentar ser algo que ele não é: Um Battle Shounen.

Não há uma apresentação de personagens, não há sequer alguma introdução satisfatória ou quaisquer desenvolvimento. Os personagens interessantes e carismáticos foram resumidos a personagens genéricos demais, com uma ação simples demais e sem clímax, sem nada. É difícil encontrar algum ponto positivo nos principais quesitos da narrativa da obra.

O traço é mediano, nada marcante, mas mantém as principais características dos personagens. Em contrapartida, os detalhes de fundo são fracos, sem muitos adornos.

A versão Brasil da Newpop… Bem, é uma versão que condiz com a qualidade da obra, o papel é bom, mas o conjunto da obra não é o melhor projeto da editora.

Log Horizon é uma franquia fantástica com uma gama imensa de mangás spin-offs bem legais, porém este mangá foi uma escolha infeliz, pois é uma obra muito mal confeccionada na origem, sendo um desastre como um todo. Se você ama Log Horizon, compra pra dizer que tem a obra, mas se você quer conhecer o quão a franquia é importante e maravilhosa, parta para a Novel ou para a animação.

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