MB Review: Citrus #1: O agridoce amor

Recentemente, eu reli uma obra que já era de meu conhecimento há um bom tempo, mas dessa vez, com um olhar um pouco mais “maduro” (pode se dizer?). E, diferente de antes, alguns conceitos e reflexões puderam ser mais visíveis, afinal, sendo uma obra voltada para um público juvenil e com uma premissa “Girls Love”, trata de relações humanas, sociais e das dificuldades em uma sociedade estagnada em um “conservadorismo”, mas, como diria um certo alguém, vamos por partes.

“Citrus” é um mangá escrito e ilustrado por Saburouta, publicado de 2012 a 2018 pela editora Ichijinsha, com um total de 10 volumes. No Brasil, a obra foi licenciada pela editora NewPop.

Sua trama foca em Yuzu, uma garota colegial que ainda nem teve a experiência do primeiro amor, mas devido ao casamento de sua mãe, acabou sendo transferida para um colégio feminino. Logo em seu primeiro dia de aula na nova escola, ela reclamava por não conseguir um namorado e tem um encontro desastroso com Mei, a presidente do Conselho Estudantil. Depois disso, por um acaso, Yuzu presenciou-a beijando seu belo professor. Mei acaba se tornando sua irmã por afinidade e passam a dividir um mesmo quarto. Sem mais nem menos, Yuzu tem seu primeiro beijo roubado por ela.

– A Narrativa.

Se tratando de comédias românticas escolares em geral, não seria diferente os clichês desse tipo de narrativa. Em Citrus, apesar de ser um GL (Girls Love), a relação das duas garotas apresentadas como centro principal narrativo se resume de uma maneira não muito diferente do imaginário popular sobre os romances. Temos a protagonista (Yuzu), uma garota animada, lidando com os sentimentos da juventude e sobre a sensação de gostar de uma garota, e Mei, uma jovem do conselho estudantil dedicada, com um tom sério e até maquiavélico em alguns momentos.

A princípio, se vê impossível uma relação entre esses dois polos de personagens, até que somos apresentados a um elemento plot, as duas viram “irmãs” e, por algum motivo, Mei rouba o primeiro beijo de Yuzu, o que causa a catarse de todo o volume.

Yuzu tenta a todo momento entender o que se passa com Mei, seus motivos, enquanto tenta lidar com o que também sente, apesar de parecer impossível em alguns momentos. A personagem principal mostra uma resiliência interessante, lidando com as adversidades desse primeiro volume, enquanto Mei.. ,bom, é uma típica personagem “Bad Boy” que tenta manter as aparências devido sua posição e o contexto em uma sociedade tão sistemática e rígida sobre relações humanas, mas que pouco a pouco entrega seu propósito.

– Vale a Pena?

O primeiro volume da obra apresenta a ambientação, os personagens e também não demora em nada para demonstrar o romance e o tema que a série vai abordar, o que pra mim particularmente foi ótimo, não há enrolação e, apesar de estar totalmente envolvida no clichê de romances escolares, pelo menos nesse volume, a princípio, a narrativa demonstra um pouco das consequências desse tipo de relação e sentimento que cada uma das personagens possui, seus riscos, e como a cabeça de duas adolescente funcionam de forma tão polar e tão semelhante ao mesmo tempo. Com certeza vale a experiência, tanto em representatividade, afeto e comédia.

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