MB Especial: O Guia Completo de Getter Robo

Os famigerados animes/mangás de “robô gigante” possuem alguns fãs espalhados pelo Brasil, mas sabemos que esse tipo de obra não figura, nem de longe, entre as mais consumidas pelo público brasileiro. 

Eu, como fã de obras de mecha, fiquei apaixonado por “Getter Robo”, de Ken Ishikawa, assim que li pela primeira vez. Logo, me senti obrigado a escrever este texto com o objetivo de tentar fazer com que mais pessoas conheçam a obra e seu universo rico e insano. E, quem sabe, Getter possa ser uma porta de entrada para outros mangás/animes do gênero, tendo em vista que ele foi uma das principais influências para o tão aclamado “Tengen Toppa Gurren Lagann”. 

Não é uma missão fácil, não acho que muitas pessoas lerão este especial, mas se eu conseguir convencer pelo menos uma pessoa a dar uma chance, a missão foi cumprida. Preparem-se, pois o texto vai ser longo, já que pretendo abordar aqui todos os mangás principais da franquia e os spinoffs (esses, não irei falar sobre, apenas citá-los). Mesmo nos mangás principais não me estenderei muito, apenas darei um panorama geral e minha opinião sobre. Também falarei das adaptações em anime. 

Origem

Ken Ishikawa, o criador de Getter Robo, foi assistente de Go Nagai (Devilman, Cutie Honey, Mazinger Z), mas não é incomum vermos Go Nagai sendo considerado o autor deste mangá. O motivo para isso é que Ken Ishikawa teve a ideia de escrever Getter a partir do esboço de um robô que Go Nagai havia feito, mas não utilizou. A aparência do robô chamou a atenção de Ishikawa, que pediu autorização de seu mestre para produzir um mangá baseado naqueles esboços. O pedido foi aprovado e assim nasceu Getter Robo. Por isso, Go Nagai é frequentemente creditado como co-autor ou autor. 

Ken Ishikawa

Enquanto Mazinger Z é considerado um dos primeiros robôs dos mangás a ser de fato pilotado por um humano, Getter Robo é precursor no que ficou conhecido como “gattai”, uma técnica onde vários veículos ou robôs distintos se juntam e formam um único robô. 

No caso do Getter, são 3 aviões menores que se juntam, e, dependendo da ordem de junção deles, o Getter surge com aparência e habilidades diferentes, tendo um total de 3 variações. A suposta história de como Ishikawa e Nagai tiveram a ideia do gattai é mais interessante ainda: Aparentemente os autores estavam fazendo um test drive em carros quando aconteceu um acidente em efeito dominó envolvendo o veículo dos dois autores. Daí pensaram: “E se a gente criasse um robô que muda de forma e se completa após uma sequência de ‘batidas’ entre vários veículos?” Foi daí que surgiu o gattai, que pode ser traduzido como “junção” ou “fusão”. 

Infelizmente, Ken Ishikawa faleceu em 15 de novembro de 2006, com 58 anos, quando sofreu um mal súbito em casa durante o jantar. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. 

Mangá

Antes de começar a falar das publicações, gostaria de deixar claro que nesta parte citarei o número de volumes em que os respectivos mangás foram publicados originalmente. Parece ser confuso, mas não é. Acontece que Getter Robo teve várias publicações em formatos diferentes ao longo dos anos, e o número de páginas por edição variava, fazendo com que o número de volumes também fosse diferente, consequentemente. 

Por exemplo, na edição “Getter Robo Saga”, que compila o mangá original e suas sequências em uma coleção única de 9 volumes, o número de volumes correspondentes ao primeiro mangá foram reduzidos de 4 para 2 (sendo assim, os volumes 1 e 2 de Getter Robo Saga correspondem ao Getter Robo original, de 1974, o volume 3 equivale ao Getter Robo G, e assim por diante). 

Portanto, não se assustem caso vocês vejam algumas fontes divergindo na quantidade de volumes de cada obra, o motivo muito provavelmente é que tais fontes estão se baseando em formatos diferentes do mesmo quadrinho. Além disso, em GR Saga, existem páginas extras que foram incluídas nos mangás antigos, por isso, não é estranho ter a leitura “interrompida” por páginas com a arte do Ishikawa de anos mais tarde, e depois voltar às páginas originais.

Dito isso, vamos lá!

Getter Robo

O Getter Robo original foi publicado entre abril de 1974 e maio de 1975, na revista Shounen Sunday, da editora Shogakukan, rendendo originalmente 4 volumes encadernados. 

“Ryoma Nagare, Hayato Jin e o Prof. Saotome são três pilotos especialmente designados para jatos de combate que podem ser combinados em diferentes formas para formar três tipos diferentes de robôs gigantes: o Getter-1 (para combate aéreo), Getter-2 (para combates em terra) e Getter-3 (para batalhas submarinas). Eles foram reunidos pelo Prof. Saotome e se tornaram a primeira linha de defesa contra o Império Dinossauro, uma civilização de répteis humanóides que evoluíram a partir dos extintos dinossauros”.

E aqui começa a loucura maravilhosa que é esse mangá. Dinossauros humanóides (os reptilianos) emergiram do seu refúgio milenar no núcleo terrestre e estão atacando o mundo para torná-lo novamente como era há séculos. A ruína deles começou quando um tipo de raio vindo do espaço, chamado de “raio getter”, atingiu a terra e causou a extinção da maioria dos dinossauros, contudo, esse raio fez com que os primatas evoluíssem, tornando-se os humanos. Os pobres reptilianos apenas querem seu lugar ao sol novamente, mas escolhem formas brutais de fazer isso, como destruir cidades, matar inocentes e causar pânico generalizado, comandados pelo imperador do submundo, Gore. Para lidar com isso, existe o Getter Robo. 

É nesta primeira parte que conhecemos personagens que terão papéis importantes no decorrer de toda a franquia, como o professor Saotome, Hayato, Jin e o próprio Musashi. Todos com personalidades fortes e marcantes, que se tornam praticamente selvagens quando entram dentro do Getter. As lutas são brutais e animalescas. O design dos monstros é uma bizarrice atrás da outra, tanto dos monstros reptilianos quanto dos pertencentes ao império demoníaco, que vêm a surgir na última parte da publicação – para vocês terem noção de como o negócio é insano. Claro, dadas as devidas proporções, pois estamos falando de um mangá de quase 50 anos atrás.

Os traços do autor nesta época eram muito semelhantes aos do Go Nagai, mas isso não significa que eles não são bons ou caprichosos, mas realmente dá pra confundir caso a pessoa não saiba que Ken Ishikawa é o desenhista. O traço dele muda de forma absurda no futuro, mas isso veremos mais tarde neste texto.

Getter Robo G

Lançado originalmente entre março e outubro de 1975, Getter Robo G foi completo em 3 volumes e também foi publicado na revista Shounen Sunday.

“Depois que o imperador Gore e o império reptiliano são derrotados, um novo inimigo, o imperador Brai e seu império Hyakki, surge e ameaça assumir o controle da Terra. Ryoma, Hayato e o recém-chegado Benkei pilotam o novo Getter Robo G para salvar o planeta”.

Continuação direta de Getter Robo com o retorno do império demoníaco, aqui temos um novo tipo de Getter, chamado de “G”. A aparência dele é um pouco diferente do que vimos anteriormente, mas várias características marcantes ainda são preservadas. Ele também é mais poderoso que seu antecessor. Além disso, ainda temos a participação de um robô que foi o responsável pelo desaparecimento de Atlântida e do povo desse continente perdido. Sério, eu adoro as coisas que acontecem em Getter, simplesmente porque elas são “aleatórias” demais. No geral, temos mais pancadaria e mais monstros, desta vez, em uma escala ainda maior que termina no espaço!! Divertido e louco como sempre. 

A arte ainda é bem próxima do que vimos no primeiro mangá, mas aqui já é possível perceber uma pequena evolução. Além de vermos mais retículos aplicados nas páginas e a variedade de perspectivas.

Getter Robo Gou

Getter Robo Gou ou Getter Robo Go, como preferir, é o mangá mais longo da franquia. Ele foi finalizado com 7 volumes, que foram publicados de fevereiro de 1991 a janeiro de 1992. A revista em que foi serializado foi a Shounen Captain, da editora Takuma Shoten.

“Anos após os eventos de Getter Robo, Hayato Jin se torna líder do NISAR; uma organização privada de pesquisa e desenvolvimento de armas com sede no Japão. Ele e o professor Tachibana vêm desenvolvendo várias armas e aumentando suas forças para enfrentar uma ameaça que começou há quinze anos: o terrível cientista Rando. Quando as forças de Rando começam suas operações terroristas ao redor do mundo, NISAR começa sua busca por soldados excepcionais para pilotar sua super arma, o Getter Robo.”

O “novo” Getter Robo

Aqui temos um dos mangás mais diferentes da série, na minha opinião. Existe uma trama geopolítica por trás, por mais que ela seja bem rasa. Mas é interessante ver robôs desenvolvidos por outros países além do Japão dando as caras, como mechas da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Rússia…

Também vemos um novo modelo de Getter (o que está na capa), que se diferencia bastante dos anteriores, tendo um ar mais de real robot que o de super robot propriamente dito. Isso me fez sentir algumas vezes como se eu estivesse lendo um spinoff ou algo assim, mesmo que essa sensação acabe rapidamente quando vejo os vilões e seus respectivos exércitos. 

Aqui temos algumas coisas nebulosas, como o motivo da explosão do laboratório Saotome, o porquê de o Ryouma não querer voltar a pilotar o Getter e considerar o mesmo um monstro e a razão do Getter antigo ter sido desativado. 

Os responsáveis pelo caos são alguns inimigos já conhecidos, mas também temos novos vilões, como o Dr. Rando, um cientista alemão louco que planeja dominar o mundo com suas máquinas e criações. Mesmo não sendo uma trama nada original, o que se destaca em Getter são os desdobramentos causados por essa premissa simples e os personagens marcantes, como um americano arrogante e o novo piloto do Getter, um jovem chamado “Gou”.

Da metade pro final o mangá fica ainda mais insano, com batalhas espetaculares envolvendo os vilões e os robôs de diversos países, além de um acontecimento que muda drasticamente o rumo da guerra. É aqui que vemos que o Getter não é apenas o robô, é praticamente uma entidade suprema e cósmica. Um dos melhores mangás da série, sem dúvidas. 

Uma coisa que notamos logo de cara, é a evolução colossal do traço do autor. Passaram-se quase 20 anos entre a publicação do primeiro mangá de Getter Robo e a série Go. Nesse período, Ishikawa desenhou vários outros mangás e aprimorou seu estilo artístico. É notável que ele usa bem mais retículas, meio tons e desenha ângulos muito mais dinâmicos e cinematográficos. O que já era bom (pois adoro o traço antigo dele), ficou ainda melhor aqui. 

Shin Getter Robo

Chegamos ao mangá que considero um dos mais loucos e o meu favorito da franquia. Shin Getter Robo foi publicado entre 1996 e 1999, não sei qual exatamente a ordem, mas na minha pesquisa, encontrei que a publicação passou por duas revistas, a Manga Action e a Super Robot Magazine, ambas da editora Futabasha e foi completa em 2 volumes

Apesar de ter sido publicado após o Getter Robo Gou, Shin GR se passa antes deles, e todas as respostas para aqueles elementos que falei do mangá anterior estão aqui. Então fica à seu critério ler o Shin antes ou depois do Gou. 

“Anos depois da história original e em um breve período de paz, o Professor Saotome concluiu sua obra-prima, o Shin Getter Robo, enquanto a humanidade faz grandes avanços na exploração espacial e na pesquisa dos raios Getter. Infelizmente, esse progresso chama a atenção de uma raça misteriosa e hostil de que atravessa o espaço-tempo para eliminar Getter.”

Aqui temos situações em magnitudes nunca antes vistas na série. Viagens no espaço-tempo, universos alternativos com outros Getters (quase um getterverso), e mais uma vez, batalhas incríveis e de níveis estratosféricos, inclusive batalhas entre modelos diferentes do Getter. É animal! 

Aqui vemos que fim os personagens que conhecemos no primeiro mangá tiveram, e um deles é bem trágico, pois o vemos perdendo a sanidade por conta do Getter. Os imperadores Gore e Brai também dão as caras aqui, mesmo que de uma forma…diferente. E lendo Shin GR, finalmente entendi de onde Gurren Lagann tirou aquelas lutas espaciais mega absurdas (Gunbuster também influenciou, mas isso fica pra outra hora). 

Como podem ver, temos uma evolução do que já era uma evolução. A perspectiva e a forma com que tudo foi desenhado são de uma imponência excepcional. 

Getter Robo Arc

E chegamos ao último mangá da franquia. Getter Robo Arc ou Getter Robot Āh começou a ser publicado em 2002, também na revista Super Robot Magazine, mas infelizmente rendeu apenas 3 volumes encadernados, pois o autor faleceu durante a publicação. 

“Situado em uma Terra pós-apocalíptica, Hayato Jin continua a liderar o Instituto de Pesquisa Saotome após os eventos de “Getter Robo Go”. Ele sucedeu o protótipo da obra-prima do Professor Saotome, o Shin Getter Robo, com uma criação mais estável: Getter Robo Arc“.

Como este é um mangá que não tem final, não quero dar detalhes da história, e gostaria que vocês, caso lessem, tivessem a mesma sensação dos japoneses que acompanharam a obra na época em que era publicada, inclusive, vendo o “fim” abrupto da publicação. 

Acho muito triste o fato de vermos uma obra tão fantástica assim perder seu criador tão cedo, mas é como as coisas são. A única coisa que posso dizer é que continua no mesmo nível de sempre, ou seja, níveis altíssimos de insanidade, lutas, personagens durões e monstros. Com elementos novos que são muito bem-vindos ao tão rico universo da série, incluindo a participação de um outro robô bem famoso no mundo dos mechas. Os traços? Nem preciso de dizer nada, pois simplesmente estão no patamar mais alto de todos. 

Citarei brevemente os spinoffs da franquia. A maioria deles, senão todos, foram desenhados por outros mangakás. São eles: Dino Getter, Getter Robo (Mitsuru Hiruta), Getter Robo Anthology, Getter Robo Hien, Getter Robo High, Getter Robo Devolution, Getter to Watashi, Gisho Getter Robo Darkness, Gisho Getter Robo Dash, Majin Battle, Mazinkaiser vs Shin Getter Robo, Shin Change!! Getter Robo Crater Battle, Devilman vs Getter Robo, Super Robot Retsuden e Super Robot Wars F Kanketsuhen. Ufa, terminou.

Animes

Como era de se esperar, a franquia também recebeu várias adaptações para anime com o passar dos anos, produzidas por vários estúdios diferentes e com abordagens diferentes também. Aqui, não irei me alongar tanto como fiz na parte dos mangás, até porque não assisti todas as animações, então, direi apenas o básico. Dito isso, vamos lá!

Getter Robo

Produzido pelo estúdio Toei Animation, o primeiro anime de Getter Robo foi ao ar de abril de 1974 a maio de 1975 e contou com 51 episódios. O anime começou praticamente junto com o mangá, então apesar de o plot principal ser o “mesmo”, várias coisas são diferentes. Além do fato de o anime ser muito mais infantil e episódico que o mangá. Muito semelhante ao que aconteceu com o primeiro anime de Devilman. 

Getter Robo G

Também produzido pela Toei, essa série adapta parte do mangá homônimo, porém com as mesmas características do anime anterior, mais infantil e episódico. Getter Robo G foi ao ar de maio de 1975 a março de 1976 e teve 39 episódios. 

Getter Robo Go

Com 50 episódios, “Getter Robo Go” foi exibido entre fevereiro de 1991 a janeiro de 1992. O estúdio responsável mais uma vez foi a Toei Animation. No geral, temos a mesma fórmula dos animes interiores, com a diferença dos traços e da qualidade de animação, que mudaram consideravelmente.

Change!! Getter Robo: Sekai Saigo no Hi

Aqui a coisa fica boa! Essa série de OVA’s foi produzida pelo estúdio Brain’s Base e lançada entre agosto de 1998 e maio de 1999, com 13 episódios. Como se trata de uma animação lançada diretamente para o mercado de home video, a qualidade é excepcional, além de ser a primeira adaptação que, na minha opinião, realmente captura o espírito de selvageria e brutalidade do mangá original. 

Como um extra, a primeira abertura, chamada “Heats”, é cantada pelo lendário Hironobu Kageyama e é fantástica. Para assistir a esse anime sem ficar perdido, é necessário ter lido todos os mangás, exceto o Getter Robo Arc, pois existem elementos de todas as séries aqui. Dito isso, recomendo demais mesmo!

Shin Getter Robo vs. Neo Getter Robo

Assim como o anterior, essa série de 4 OVA’s foi produzida pelo estúdio Brain’s Base e lançada entre dezembro de 2000 e junho de 2001. A recomendação de ter lido os mangás antes de assistir permanece aqui, até porque é necessário conhecer os modelos de Getter e os personagens. No mais, temos mais um baita anime, extremamente recomendado por minha pessoa. A qualidade de animação continua em alto nível, além de termos outra abertura excelente: “Storm”, que desta vez é cantada pelo grupo JAM Project. 

Shin Getter Robo

Entre abril e setembro de 2004, o estúdio Brain’s Base produziu mais uma série de OVA’s, dessa vez com 13 episódios. É uma releitura da série de mangás (que pega muitas coisas do Shin), e toma várias licenças poéticas, sendo a maior delas, os inimigos, que agora são os famosos “Oni” (espécie de demônios japoneses). Existe aqui uma mistura de Japão atual com Japão feudal. 

Apesar de eu não achar a qualidade de animação desses OVA’s tão boa quanto a dos anteriores, não significa que ela é ruim. Na verdade, é ainda acima da média do que vemos em animes geralmente produzidos para a TV. Sem contar que achei muito válida a ideia de modificar alguns elementos-chave da série. Recomendo! Mas novamente é necessário ter lido os mangás para compreender várias coisas importantes. E adivinha o que temos aqui? Mais músicas icônicas, dessa vez “Dragon”, “Deep Red” e “Saga”.

Getter Robo Arc

Depois de uma longa pausa, em 2021 tivemos um novo anime da franquia, agora adaptando o mangá Getter Robo Arc, e talvez tenhamos aqui a série animada de GR mais fiel ao mangá. 

Produzido pelos estúdios Bee Media e A-CAT e com 13 episódios, o anime foi ao ar de julho a setembro de 2021. Apesar de eu ter ficado animado com a notícia a princípio, o resultado infelizmente me desapontou um pouco. A animação é bem fraca, tanto nas partes tradicionais quanto no uso do CG (que é frequente aqui). Como pontos positivos temos a fidelidade ao mangá, e também o retorno de músicas já consagradas, trazendo de volta os cantores originais e novos arranjos. Eu recomendo essa série caso você seja muito fã de GR e queira ver o Arc animado, mas nesse caso, o mangá é bastante superior. 

Existem também outros animes de Getter Robo, ou que contam com a participação do mesmo: Dynamic Super Robots Soushingekki, Getter Robo Memorial, Great Mazinger tai Getter Robo e Grendizer: Getter Robo G – Great Mazinger Kessen! Daikaijuu.

“Believe in Getter”

Este é o texto mais longo que escrevi desde que entrei para a equipe da Mangás Brasil, em 2019. Mas mesmo que seja um texto longo, resolvi escrevê-lo por dois motivos: Como um forma de homenagem à série e ao autor, cujo falecimento completou recentemente 15 anos, e para introduzir a franquia para mais brasileiros, já que, como disse no início, “mecha” não é um dos gêneros mais populares por aqui. 

Acredito que, rompendo essa barreira dos gêneros, todos que gostam de uma boa obra de ação em níveis estelares (literalmente), deveriam dar uma chance. Acho difícil você se arrepender. Mesmo que várias coisas da trama já tenham ficado um pouco datadas, como o vilão que quer dominar o mundo simplesmente porque ele é mal, Getter Robo ainda se mantém atual em vários outros aspectos e, mesmo que não se mantivesse, você estará lendo uma das obras mais importantes dentro dos “robôs gigantes”.

Getter representa, literalmente, um pouco da longa história dos mangás. Então dê uma chance, believe in Getter, pois garanto que não irá se arrepender.  Lembrando que Ken Ishikawa desenhou muitas outras obras além de Getter, mesmo essa sendo a mais famosa dele. Fica a minha recomendação para procurar outros trabalhos do autor, existem coisas muito boas.

E chegamos ao fim de mais um MB Especial. Muito obrigado à vocês que chegaram até aqui, ou mesmo que tenham lido apenas uma parte específica do texto (não te julgo por isso), meu “obrigado” também. Espero também que o texto tenha sido útil em algum aspecto. Muito obrigado, nos vemos em breve!

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