MB Review: Spectreman vol. 1
Spectreman é um mangá que é capaz de agradar tanto aqueles já familiarizados com o personagem, quanto os leitores mais novos. Mesmo com alguns vícios da época, é uma típica história de herói muito divertida.
A vida na Terra não é mais a mesma desde que Gori e Lah, um simioide ultra inteligente e seu capanga, vieram do espaço porque Gori, sempre achou seu planeta natal sem graça e deprimente. Por causa disso, o Planeta Azul foi escolhido para ser o novo lar do vilão, pois aqui temos uma natureza abundante e diversificada. Contudo, aparentemente a humanidade não valoriza tanto a natureza como Gori, já que os homens poluem e destroem a natureza por ganância. Para atingir esse objetivo, são criados os mais variados tipos de monstros. Por sorte, nós, terráqueos, temos o Spectreman.
Publicado originalmente em paralelo com a série de TV, produzida em 1971, a versão em mangá teve como responsável o artista Daiji Kazumine, que ficou conhecido por produzir diversas adaptações dos tokusatsu para os quadrinhos. A primeira edição do mangá contou com 7 volumes, e posteriormente, recebeu uma nova versão reduzindo os 7, para 4 volumes. É essa edição que a editora Pipoca & Nanquim usou como base.
A estrutura é semelhante à dos tokusatsus antigos, em cada capítulo, temos uma ameaça diferente, e cabe ao Spectreman resolver a situação. Os monstros são variados, e contam com diversos poderes, alguns deles bastante inusitados. Um ponto bastante legal, é que o herói nem sempre derrota o monstro com força bruta e pode, há casos em que é necessário usar estratégias além do bom e velho direto de direita.
Um diferencial legal, é o fato do Spectreman não poder se transformar em qualquer ocasião. Para assumir a forma de herói, ele precisa pedir permissão de um planeta chamado “Nebula 71”, o qual emite um raio que muda a forma do protagonista. Isso é um fator legal pois há uma ocasião onde o protagonista quer se transformar, mas não consegue permissão do planeta, e isso tem um preço alto.
Adorei a leitura desse primeiro volume. Mas algo que me incomodou é que, às vezes, a arte do autor parece meio “travada”, faltando um pouco mais de dinamismo. Mas isso é bastante pontual, no geral a arte cumpre bem seu papel. Spectreman não reinventa a roda, mas é um mangá capaz de agradar tanto pessoas que já conheciam o personagem, quanto pessoas como eu, que nunca assistiram à série.
Agradecimentos a editora Pipoca e Nanquim pelo volume cedido.