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MB Review: Aquele Verão

Em Aquele Verão, acompanhamos Rose em mais uma de suas viagens à praia de Awago. Diferente das anteriores, tem de lidar com transições em sua vida íntima naquela que talvez seja sua viagem mais marcante e repleta de nostalgia para os leitores. Confira a resenha completa.

Todo verão a família Wallace passa suas férias na praia de Awago e em Aquele Verão encontramos uma dessas férias. Rose, a filha do casal Wallace, fica sempre ansiosa com a visita à praia e a possibilidade de encontrar sua amiga Windy, a quem trata como irmã menor que nunca pode ter. 

Diferente dos verões anteriores, neste acompanhamos a fase de transição de Rose, momento em que a menina inicia sua pré-adolescência, descobre novos momentos e enxerga a vida de maneira totalmente diferente. Seus pais brigam constantemente e nem a viagem familiar consegue amenizar as discussões, mexendo assim com o emocional com Rose, que ainda não consegue entender a atual situação de sua mãe.

Rose e Windy fazem visitas constantes à loja uma de Awago, a Brewster’s, onde nossa protagonista começa a sentir atração por um dos balconistas, Dunc, rapaz mais velho e que está envolvido com em acontecimentos paralelos durante o verão da família Wallace. A dupla acaba se deparando com temas mais adultos e debatem o pouco que suas jovens experiências permitem.

A autora, Mariko Tamaki, é conhecida por suas histórias sobre juventude e nada deixa a desejar no quadrinho. A arte de Jillian Tamaki combina perfeitamente com a proposta. Com forte influência de mangás, a obra é dinâmica e faz com que suas 320 páginas sejam lidas em uma só sentada.

Aquele Verão é um recorte saudosista das viagens familiares que (quase) todo mundo teve um dia e as transições na vida íntima. Difícil não lembrar de uma antiga viagem ou acontecimento de verão durante a leitura da obra. Apostando na nostalgia, pode ser que não agrade a todos.

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